terça-feira, 3 de novembro de 2015

Operação Lava Jato

Vice da Mendes Júnior condenado a 19 anos

Sérgio Cunha Mendes
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância, condenou nesta terça-feira a cúpula da empreiteira Mendes Júnior por participação no esquema do petrolão e impôs a Sergio Cunha Mendes, ex-diretor vice-presidente Executivo da companhia, pena de 19 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O diretor de Óleo e Gás da empreiteira, Rogério Cunha de Oliveira, recebeu pena de 17 anos e quatro meses, seu antecessor no cargo, Alberto Elísio Vilaça Gomes, dez anos de reclusão, e o operador e mensaleiro Enivaldo Quadrado foi sentenciado a sete anos e seis meses de prisão. Também foram condenados o advogado Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e os ex-auxiliares de Youssef, João Procópio Prado e Carlos Alberto Pereira da Costa.

Na sentença, Moro destacou que a atuação da empreiteira no esquema criminoso instalado na Petrobras acabou por aumentar em 17% o valor dos contratos e disse que os condenados devem pagar, como indenização à estatal, 31,47 milhões de reais. A cifra equivale ao montante que a Justiça considera ter sido pago em propina à Diretoria de Abastecimento da petroleira.

Também entre as penas impostas aos empreiteiros e auxiliares que atuaram no propinoduto estão o confisco dos bens da GFD Investimentos, empresa utilizada pelo doleiro Alberto Youssef nas transações criminosas, e a proibição de Carlos Alberto Pereira da Costa, João Procópio Prado, Enivaldo Quadrado, Sergio Cunha Mendes, Rogério Cunha de Oliveira e Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini ocuparem cargos públicos ou funções de direção pelo dobro da pena recebida por cada um deles. (Conteúdo/Veja.com)

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