Itália adia por mais 15 dias
O ministro da Justiça italiano, Andrea Orlando, adiou por mais
quinze dias a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil,
Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão. O Brasil deve ser
informado oficialmente nesta quarta-feira da decisão, de acordo com uma fonte
do ministério.
O adiamento aconteceu no mesmo dia em que a Corte Europeia
de Direitos Humanos, na França, negou o recurso da defesa que
pedia a suspensão da extradição. O ministro estava sofrendo pressão de um grupo
de senadores italianos contrários à medida. Segundo a assessoria de imprensa de
Orlando, no entanto, a decisão foi tomada por questões burocráticas que ainda
estão pendentes.
Na certeza de levar Pizzolato à Papuda, o governo brasileiro
tinham mandado três agentes da
Polícia Federal para
providenciar todo o trâmite burocrático.
O representante do Ministério da Justiça italiano, Giuseppe
Albenzio, disse ter sido surpreendido pela decisão."O que pode ter
acontecido é que a Corte Europeia tenha negado a suspensão da extradição, mas
tenha considerado admissível o recurso. Quando um recurso é admissível, ele
deve ser discutido, mas é praticamente impossível que se marque uma audiência
para os próximos quinze dias."
O advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli, afirmou que soube
extraoficialmente da notícia sobre a prorrogação de quinze dias e que ele mesmo
teria informado alguns parlamentares sobre a decisão do ministro. "Para
mim foi uma surpresa, mas não entendi o motivo, não tenho a menor ideia do que
está acontecendo", diz. Segundo ele, uma comunicação oficial foi mandada à
Penitenciária Sant´Anna, de Modena, onde Pizzolato está preso. Não sabe se o
brasileiro já foi avisado ou não.
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