MP pede preventiva da cunhada de Vaccari
O Ministério Público Federal (MPF)
pediu nesta segunda-feira (20) a conversão da prisão temporária em preventiva
de Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ela está presa na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde a
sexta-feira (17), quando se entregou à polícia após retornar de uma viagem ao
Panamá.
De acordo com o MPF, Marice “funcionava como auxiliar de João Vaccari
Neto para operacionalizar propina destinada ao Partido dos Trabalhadores, como
também para o recebimento pessoal de vantagens indevidas destinadas a João
Vaccari Neto”.
Ainda de acordo com a investigação do MPF, na quebra de sigilo bancário
foram identificados depósitos na conta de Giselda Lima, esposa de Vaccari.
Entre 2008 e 2014, Marice teria realizado cerca de R$ 583,4 mil em depósitos na
conta de Giselda.
Segundo os procuradores, Giselda “recebe uma espécie de mesada de fonte
ilícita paga pela investigada Marice, sendo que os pagamentos continuam sendo
feitos até março de 2015”.
“Neste contexto, a prisão preventiva de Marice é imprescindível para a
garantia da ordem pública e econômica”, diz o MPF no pedido de conversão da
prisão da cunhada de Vaccari. O juiz federal Sergio Moro deverá decidir se
aceita ou não o pedido do MPF. A prisão temporária de Marice vence nesta
terça-feira (21).
Depoimento
Marice Corrêa de Lima prestou depoimento à Polícia Federal nesta
segunda-feira (20), em Curitiba. De acordo com o advogado Cláudio
Pimentel, Marice respondeu a todas as perguntas durante a oitiva, que durou
cerca de duas horas. Ainda segundo o advogado, Marice negou que tenha recebido
propina em nome de Vaccari.
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