terça-feira, 21 de abril de 2015

Operação Lava Jato

MP pede preventiva da cunhada de Vaccari

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (20) a conversão da prisão temporária em preventiva de Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ela está presa na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde a sexta-feira (17), quando se entregou à polícia após retornar de uma viagem ao Panamá.

De acordo com o MPF, Marice “funcionava como auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar propina destinada ao Partido dos Trabalhadores, como também para o recebimento pessoal de vantagens indevidas destinadas a João Vaccari Neto”.

Ainda de acordo com a investigação do MPF, na quebra de sigilo bancário foram identificados depósitos na conta de Giselda Lima, esposa de Vaccari. Entre 2008 e 2014, Marice teria realizado cerca de R$ 583,4 mil em depósitos na conta de Giselda.

Segundo os procuradores, Giselda “recebe uma espécie de mesada de fonte ilícita paga pela investigada Marice, sendo que os pagamentos continuam sendo feitos até março de 2015”.

“Neste contexto, a prisão preventiva de Marice é imprescindível para a garantia da ordem pública e econômica”, diz o MPF no pedido de conversão da prisão da cunhada de Vaccari. O juiz federal Sergio Moro deverá decidir se aceita ou não o pedido do MPF. A prisão temporária de Marice vence nesta terça-feira (21).

Depoimento

Marice Corrêa de Lima prestou depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (20), em Curitiba. De acordo com o advogado Cláudio Pimentel, Marice respondeu a todas as perguntas durante a oitiva, que durou cerca de duas horas. Ainda segundo o advogado, Marice negou que tenha recebido propina em nome de Vaccari.

De acordo com as investigações do Ministério Público Federal, Marice é suspeita de ser destinatária do dinheiro do esquema de corrupção. Ela teria adquirido um apartamento por R$ 200 mil e o vendido para a empresa OAS por R$ 400 mil, conforme as investigações. Este mesmo imóvel teria sido vendido pela empreiteira por um valor menor. Pimentel não quis comentar esse assunto ao sair do depoimento de Marice à PF. (Gazeta do Povo/PR)

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