Duas coisas: E o frio? E a Dilma?
Assim como nas “batatas fritas”, não dá mais para confiar
nas previsões meteorológicas. Todos lembram que na semana passada comentei,
aqui neste espaço, que a previsão era da chegada de uma frente fria, durante o
feriado, que faria os termômetros despencarem para até zero graus. Recomendei,
inclusive, que as roupas quentes fossem retiradas do armário.
Pois bem, estamos em pleno feriado e a temperatura segue
elevada. Nem a chuva de ontem foi suficiente para que os termômetros mostrassem
qualquer tendência de queda. Muito pelo
contrário. Agora, quando estou escrevendo este comentário, a temperatura é de
21 graus. Lá fora, um dia lindo de sol, indicando que teremos mais calor ainda
durante a tarde.
Lembrei da música que a Blitz cantava nos anos 80, e que falava mal das
inconfiáveis batatas fritas e transferi para o serviço de meteorologia. Por
culpa dele, minhas roupas quentes já estão prontas para o frio anunciado. Fazer
o que?
E a Dilma? Pois é, sancionou, na tarde de ontem (20) o
Orçamento da União.
Fui dar uma olhada e fiquei sabendo que, enquanto os
movimentos sindicalistas se organizam para pedir o veto ao projeto de
terceirização , sobre o qual tenho algumas dúvidas, sem nenhum estardalhaço ou
pensamento voltado para o duro controle de gastos, a presidente petista
sancionou a triplicação da verba destinada aos partidos políticos. O valor, a
partir da assinatura de Dilma Rousseff, passa a ser de R$ 867,5 milhões.
Mas o melhor de tudo foi a justificativa que os
assessores palacianos, e o presidente do
PT, inclusive, encontraram para que o aumento fosse aprovado, sem veto. Dizem
eles que é preciso evitar novos atritos com o Congresso Nacional e que o
momento é crucial para a aprovação de Medidas Provisórias de interesse do
governo.
Mas vejam só a que ponto chegamos. Quando a inflação
aumenta, o PIB é ridículo, os impostos sobem, os juros estão altíssimos,
combustíveis, energia e remédios aumentam de preço, tudo em nome da necessidade
que o governo tem de fazer caixa, a presidente sanciona um aumento que triplica
a verba partidária para calar a boca dos políticos e aprovar o que interessa.
Decididamente, não vivemos num país sério. Muito pelo
contrário. Quando a meteorologia anuncia frio, vem o calor, e quando a presidente
pede economia, aumenta as despesas. Assim é demais.
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