segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Bom Dia!

Pena de morte

Não tenho opinião definitiva sobre a pena de morte. Claro que certos casos me levam a pensar que somente a eliminação física de alguém, pode solucionar determinado problema. O caso de pessoas que confessam o assassinato, por exemplo, de 30 ou 40 pessoas. Será que gente assim tem recuperação? Acredito que não.

Por outro lado, como estamos no Brasil, onde as injustiças são comuns, seria necessário um extremo cuidado em julgamentos e decisões judiciais que indicassem a pena capital, caso contrário, como se sabe, a pena seria para alguns, com grandes possibilidades de mau uso da Lei.

Desde o final da semana passada estamos convivendo com um caso emblemático e que nos dá noção exata sobre a pena de morte e, mais do que tudo, sobre a aplicação das leis. Falo do caso do brasileiro Marco Acher, executado na Indonésia.

Como se sabe, ele foi condenado à morte por ter sido preso, em agosto de 2003, quando tentava entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína escondidos numa asa delta desmontada. Depois de fugir do aeroporto, o brasileiro foi encontrado numa ilha quando confessou o crime. Archer disse ter recebido R$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até Jacarta.

Depois de passar 11anos na prisão, resultado de muitos recursos e apelações, o brasileiro foi executado em cumprimento a lei da Indonésia que condena à morte traficantes de droga. Visitante frequente do país, Marco sabia muito bem que lá o crime de tráfico de drogas pode levar à condenação e à morte. Mesmo assim, insistiu, alegando que nunca teve outro emprego na vida “a não ser traficante”.

Entidades de direitos humanos e o próprio governo brasileiro protestaram contra a execução, alegando que a pena de morte ofende a dignidade humana. A presidente Dilma convocou o Embaixador brasileiro na Indonésia para ouvir sua posição.

Mesmo sem entrar no mérito da execução, fico pensando no quanto não cumprimos leis no Brasil. Aqui, sempre há um jeitinho para que as leis sejam burladas e, quando aplicadas, para que sejam cumpridas apenas em parte. Quem é condenado, por exemplo, a 11 anos de prisão, fica 11meses na cadeia e sai, algumas vezes como herói.

Quantos traficantes existem no Brasil e que, mesmo condenados, assim que saem da prisão, ou até de dentro delas, seguem comandando o tráfico que, muitas vezes, mata centenas de pessoas, quase sempre jovens.

Assim, não tenho, nem consigo ter, uma definição sobre se aceito ou não a pena de morte. De qualquer forma, acho que para certos caso, a prisão perpétua e que obrigue o condenado a trabalhar para pagar por seu sustento na prisão, pode ser uma solução. Mas só depois que todas as leis sejam realmente cumpridas, por todos!

Tenham todos um Bom Dia!

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