Liberação de
verbas só
com aprovação de projeto
O pagamento do restante
das emendas parlamentares individuais previstas para este ano, instrumento
fundamental para que deputados e senadores abasteçam seus redutos eleitorais, é
a moeda de troca usada pelo governo federal para garantir a aprovação do projeto
de lei que flexibiliza a meta do superávit primário. O Planalto condicionou a
liberação das emendas à aprovação da proposta considerada "prioridade
total" pelo Executivo, segundo a Secretaria de Relações Institucionais
(SRI).
O projeto visa permitir que a equipe econômica possa descontar todos os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações tributárias da economia mínima para o pagamento dos juros da dívida pública. A manobra dá um aval para que a meta seja considerada atingida mesmo se o resultado primário for bem abaixo dos R$ 49 bilhões previstos na legislação em vigor.
Por isso, PSDB, DEM e PPS têm
acusado a presidente Dilma Rousseff de pedir um cheque em branco para não ser
responsabilizada por um eventual descumprimento da meta.
A decisão do Palácio do Planalto
de "congelar" o pagamento de emendas até que os parlamentares aprovem
os abatimentos da meta gerou críticas da oposição. Para o líder do DEM,
deputado Mendonça Filho (PE), o governo busca "chantagear" o
Congresso. "É uma forma de chantagear o Congresso e pressionar os
parlamentares a avalizar a irresponsabilidade fiscal e a irresponsabilidade do
governo Dilma", afirmou.(Agência Estado)
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