quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Benjamin Steinbruch

'Só louco investe no Brasil'

Presidente da CSN e da Fiesp diz que situação econômica do País está crítica e que não adianta mais tomar medidas paliativas


O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse ontem que o Brasil nunca vivenciou um ano eleitoral em que a expectativa é de recessão econômica. "A situação está difícil, crítica. A esperança era de que a economia estivesse mais aquecida, mas temos um risco iminente de desemprego e falta de perspectiva dos negócios", disse o executivo, na abertura do Congresso do Aço, em São Paulo.

Steinbruch disse que o Brasil precisa fazer algo "muito diferente", já que o País está chegando a um limite. "Medidas paliativas não adiantam. Eu só acredito em uma solução se houver algo muito diferente para solucionar nossos problemas. Só algo agressivo para arrumar essas distorções", afirmou.
A preocupação é ainda maior, afirmou, porque a percepção é de que o Brasil possui "muita margem para piorar". "As medidas são urgentes", disse, destacando a elevada taxa de juros no País. "O custo Brasil não permite competir. Só louco investe no Brasil", disse.
O executivo disse ainda que percebe um grande distanciamento do governo federal em relação aos problemas que vêm sendo enfrentados pela indústria. "Falta comunicação, nossa dificuldade não chega a Brasília", disse, ao exemplificar que os problemas da indústria automotiva são antigos e estão afetando toda a cadeia. (Agência Estado)

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