Defensoria quer modelos negros nos desfiles
Representantes da ONG Educafro e modelos recorreram à
Defensoria Pública estadual do Rio de Janeiro para garantir a presença de
negros nas passarelas do Fashion Rio, evento de moda que começa nesta
quarta-feira, no Píer Mauá, região central da capital. A Luminosidade Marketing
& Produções, responsável pela organização, é acusada de discriminação
racial.
Um procedimento instrutório
foi aberto para apurar a denúncia e uma reunião está marcada para esta
terça-feira com representantes da Luminosidade Marketing & Produções. De
acordo com a defensora pública Larissa Davidovich, a empresa pode ser
obrigada a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) comprometendo-se a
garantir o porcentual mínimo de 10% de modelos negros nos desfiles.
"A princípio, a conduta
da organização do Fashion Week viola e afronta os tratados e
normas internacionais, além da própria Constituição da República, que
visam combater toda e qualquer forma de discriminação, inclusive racial",
destaca Larissa. Caso a organizadora se recuse a aceitar o acordo proposto,
pode ser alvo de uma ação civil pública. (Com Veja/conteúdo)
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Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes
Pré-Vestibular Comunitário – Sede Nacional
EXCLUSÃO DE NEGRAS E NEGROS NA RIO FASHION WEEK
Dando continuidade à decidida e aguerrida luta da Educafro Nacional, da Seppir e do Grupo Palco Mil Sonhos, pelos direitos do povo negro em todos os seguimentos da sociedade brasileira, estamos organizando para esta quarta-feira, dia 06 de novembro de 2013, às 19h, um ATO-DESFILE-PROTESTO, no PIER MAUÁ Av. Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá, Rio de Janeiro com modelos negras e negros exigindo a inclusão de modelos negras e negros nos desfiles da Fashion Week Rio e demais desfiles de moda que acontecem no Brasil.
Em pesquisa realizada pela Prefeitura do Rio e Sebrae, no ano de 2011, verifica-se que a indústria da moda no Rio de Janeiro ocupa um total de 32 mil pessoas, entre estilistas, designers, modelos, modelistas, pilotistas, costureiras (formais e informais), pessoal administrativo, entre outros(http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/1806097/DLFE-230512.pdf/Territorios_da_ModaRelatorio_Quant.pdf.)
A FWRJ deve ao longo do ano movimentar cerca de R$ 6 bilhões. Números altos e atrativos que crescem anualmente, porém mesmo o Brasil tendo uma população afrodescendente de 51,7% do seu total, ainda não é possível ver o rosto negro nas passarelas e entre os mais bem sucedidos do mercado.
Pesquisas apontam para um povo esquecido pelos governos desde a chamada Lei Aurea, que libertou no papel e escravizou nas condições de vida oferecidas ao negar educação, terra e saúde. Consequentemente, hoje, a indústria da moda importa o padrão europeu de moda. Ora, a Europa é ariana, mas o Brasil é afroindígenadescendente e padrão beleza é outro, ou deveria ser.
As lojas só expõem suas roupas vestindo manequins brancos, até porque a indústria só produz modelos nessa tonalidade. Os estilistas escolhem seus modelos no mesmo padrão. Os empresários selecionam em seus concursos, meninas e meninos, brancos. Seguem a linha do Judiciário fluminense que tem aproximadamente mil juízes de direito e apenas sete são negros; 800 defensores atuando e 15 não são brancos. Um assinte que exige reparação.
Os movimentos sociais continuam na luta em memória de todos os que já formaram na linha de frente por promoção da igualdade racial e cumprimento do Artigo V da Constituição Federal vigente e por todos já nascidos e que nascerão no solo brasileiro.
Vamos colorir a passarela brasileira!
MAIORES INFORMAÇÕES
Frei David Raimundo dos Santos - (11) 961733341 email: freidavid@gmail.com
Joana Raphael – (21) 76675101 email: joanaraphael.educafrorio@gmail.com
Moisés Alcuña – (21) 985209733 email: moisesalcuna@gmail.com
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