Copom eleva juros para conter
inflação
O Comitê de Política Monetária do
Banco Central (Copom) aumentou para 8,5% a taxa básica de juros (Selic) nesta
quarta-feira, em decisão unânime, sem viés. O aumento de 0,50 ponto porcentual
(p.p.) é o terceiro consecutivo em 2013. A trajetória de alta teve início em
abril, quando a autoridade monetária subiu a Selic de 7,25% (mínima histórica)
para 7,5%. A decisão não surpreendeu o mercado, que apostava de forma quase
unânime no aumento de 0,50.
No comunicado que acompanhou a
decisão, o BC reafirmou que a inflação constitui um risco para a economia.
"O comitê avalia que a decisão contribuirá para colocar a inflação em
declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".
Expectativas - A decisão não surpreende o mercado por duas razões.
Primeiro, pelas indicações dadas pelos diretores do BC tanto na última ata do
Copom quanto em entrevistas à imprensa. A autoridade monetária reconhece a
persistência inflacionária, mas não dá sinais de optar por altas bruscas,
que fujam da estratégia de elevações de 0,25 e 0,50 pontos porcentuais. Em
segundo lugar, há a intenção do órgão em reverter o descolamento das
expectativas em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA). "O Copom tem de usar a Selic para múltiplos objetivos. O primeiro
é controlar a inflação, mas o segundo é controlar as expectativas. Nesse
sentido, a comunicação é mais importante que a taxa Selic em si", afirma o
economista André Perfeito, da Gradual Corretora. (Com Veja conteúdo)
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