sexta-feira, 14 de junho de 2013


ONDA DE VIOLÊNCIA
Vandalismo no protesto em Porto Alegre
Foto: Agência RBS
Mesmo com o valor das passagens de ônibus reduzido após manifestações de rua, outra passeata contra o reajuste de tarifas foi convocada para esta quinta-feira, e terminou em quebra-quebra, em Porto Alegre. Em um protesto que começou de forma pacífica em frente à prefeitura e se radicalizou noite adentro, contêineres foram incendiados, bancos quebrados e veículos depredados.Vinte e três manifestantes foram detidos — 18 homens e cinco mulheres.
Os ativistas não se contentaram com a redução da passagem de R$ 3,05 para R$ 2,85 em abril, após passeatas semelhantes à desta quinta, ocorridas em março. A causa agora tinha mais uma motivação: solidariedade aos manifestantes cariocas e paulistas que há uma semana invadem as ruas e tentam baixar a tarifa, mimetizando o sucesso dos ativistas gaúchos. 
A BM estava orientada só a acompanhar o protesto, mas um contêiner queimado foi o ponto crucial para a mudança de postura da tropa de choque. Policiais identificaram manifestantes consumindo maconha e cocaína e portando objetos como soco-inglês e pedras, que vão bem além das bandeiras de partidos políticos e de diretórios estudantis. A BM reagiu com bombas de gás lacrimogêneo. Ao final do protesto, os detidos foram encaminhados a uma companhia do 9º Batalhão de Polícia Militar, na Rua José Montaury (Centro).
Dos 23 presos, pelo menos duas pessoas já eram conhecidas da polícia. Eles assinaram termos circunstanciados por dano ao patrimônio privado e público e serão investigados.  (clicRBS)

Protesto no Rio termina com detidos e feridos
Cerca de 10 mil pessoas participaram, na noite desta quinta-feira, do protesto contra o aumento da passagem de ônibus no Centro do Rio. Ao contrário do que aconteceu em São Paulo, onde os atos foram marcados por confrontos violentos entre a polícia e os jovens, houve confusão rápida só no fim da passeata, quando parte dos manifestantes seguia para a Central.
Um estudante levou tiro de borracha no olho esquerdo, e um PM foi atingido com pedrada na cabeça. Um terceiro manifestante se feriu. Segundo a Polícia Militar, 16 pessoas foram detidas e encaminhadas à 5ª DP (Mem de Sá), mas a Polícia Civil informou que somente duas prestaram esclarecimentos O protesto começou às 17h na Candelária e seguiu, primeiramente, para a Cinelândia.
A Avenida Rio Branco ficou interditada por uma hora, quando começou a manifestação e, no final, quando cerca de 200 homens do Batalhão de Choque chegaram para dispersar pequeno grupo.
Os jovens ficaram frente a frente com os policiais, que estavam com escudos. As fachadas da Assembleia Legislativa (Alerj) e da Igreja de São José, na Av. Presidente Antônio Carlos, foram pichadas.
Na Central, jovens que se diziam do movimento atearam fogo a montes de lixo. Um grupo teria sido detido.

Paulistano fica refém de tiros e bombas
O quarto ato em uma semana contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, nesta quinta-feira, 13, teve, mais uma vez, confronto entre manifestantes e a polícia. Bombas de gás lacrimogêneo atingiram moradores, pedestres e passageiros de ônibus na Consolação, no centro da capital. Cerca de 130 pessoas foram detidas e 105 ficaram feridas, de acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), que vem organizando a série de passeatas. Até as 23h, quando a manifestação havia sido controlada, não havia um balanço oficial.
Enquanto grupos ainda enfrentavam a polícia na Avenida Paulista, o MPL já convocava um novo ato para a segunda-feira, 17, às 17h, no Largo da Batata. No Facebook, um evento criado por três pessoas também convida para uma outra manifestação nesta sexta-feira, 14, no mesmo horário, em frente ao prédio da Rede Globo, no Itaim Bibi, zona sul.

Os conflitos desta quinta-feira, 13, foram o desfecho de um dia tumultuado na cidade, onde uma greve em três da seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já havia afetado ao menos 1 milhão de pessoas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário