Vândalos!
Costumo escrever, aqui, um Bom Dia! que, normalmente, tenta
compartilhar um pouco de otimismo entre todos, embora nem sempre as notícias e
fatos do dia-a-dia permitam. Hoje, desde que liguei o rádio, acessei os sites e
portais de informações, confesso que fui invadido por um sentimento de extrema
repulsa e até de indignação.
A foto acima, feita pelo fotógrafo Mauro Schaefer, publicada
no Correio do Povo online, é um dos motivos que me levam a manifestar minha
indignação com um movimento que, se merece respeito por seus objetivos, ao
mesmo tempo provoca a repulsa de muitos pela manipulação política, interesseira
e aproveitadora de grupos facilmente identificáveis.
Diz a matéria do site do Correio do Povo que “Estudantes e
trabalhadores fizeram, na noite desta quinta-feira, novo protesto contra o
preço da tarifa dos ônibus de Porto Alegre”.
Olhem a foto e tentem identificar, principalmente entre os
que estão comandando a “manifestação”, estudantes e trabalhadores. Certamente
não conseguirão, já que os mesmos estão com o rosto e a cabeça encobertos por
lenços pretos. Alguém consegue justificar que, para manifestar indignação
contra o preço das passagens, alguém necessite se camuflar para não ser
reconhecido? Se a manifestação é pacifica, dá para entender os motivos de só
mostrar os olhos e levar bandeiras em mastros que mais parecem armas de ataque?
Precisam os “estudantes e trabalhadores” jogar pedras,
quebrar vidraças, depredar o prédio e levar uma faixa com o nome do partido que
representam?
Hoje, na Rádio Gaúcha, ouvi que uma vereadora, do PT, disse
que estava lá e que não concorda com os atos de vandalismo. Desculpe,
vereadora, mas se a senhora não concorda, deveria ter tentado impedir. Duvido
que, se a senhora se colocasse em frente ao prédio, os “estudantes e
trabalhadores” tivessem jogado pedras e partido para o ataque. Se não fez isso,
a senhora estava fazendo o que, mesmo, durante a manifestação?
E a Brigada Militar, que deveria proteger pessoas e
instituições, ficou parada vendo gente passar com o rosto encoberto, paus e
pedras na mão, sem fazer absolutamente nada. Será que se os brigadianos, em
patrulha na Restinga, por exemplo, encontrarem um grupo de pessoas com rostos
encobertos, caminhando em direção a algum prédio, ficarão parados sem qualquer
reação? Na Restinga não pode. Na Protásio Alves, pode? Ou será que os
brigadianos pensaram que aquelas pessoas estavam indo para algum show, ou bar,
ou ao cinema? Se bem que, neste caso, a
BM certamente estava obedecendo ordens. Afinal, em “manifestação pacífica” a
Brigada não deve intervir.
Desculpem, mas não consegui conter toda a indignação que
estou sentindo pela hipocrisia dos que tentam mostrar um lado totalmente
inverso de suas posições. Os “estudantes e trabalhadores” que depredaram a sede
da ATP, não passam de vândalos de cara coberta por lenços pretos, mãos e bolsos
cheios de pedra, defendendo posicionamento político de quem se diz contra o que
eles estão fazendo, mas que não faz nada para impedir.
"É apenas o começo" foi uma das frases pichadas na parede do prédio, por algum "estudante ou trabalhador" que participava da "manifestação paífica".
Fotos: Mauro Schaefer - CP
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