quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013



Bom Dia!
As pessoas, em sua maioria, são emotivas. Quando se chega aos 70 anos, então, a emoção chega com mais facilidade. Falo por mim, que me emociono facilmente. Mesmo sem ser um velho chorão, chego às lágrimas em muitas ocasiões.
Falo isso para lembrar os momentos emocionantes que vivemos hoje, às 8 horas da manhã, quando aconteceu, em Santa Maria, o “Minuto do Barulho” em homenagem aos 239 mortos na tragédia da boate Kiss. Foi um momento em que não só os familiares, parentes e amigos daqueles jovens mortos, mas toda a comunidade, reviveu a tristeza de tantas vidas perdidas.
Confesso que, por um instante, consegui me transformar em pai, irmão, amigo, namorado, colega de uma daquelas meninas e meninos que morreram procurando, única e exclusivamente, viver momentos de intensa alegria. E como foi difícil segurar as lágrimas e o nó na garganta ao ouvir o pai de uma das moças afirmar que acreditava que ela estava viva e que, em breve, toda a família estaria junta novamente. Um enorme coração com a foto das 239 vítimas foi colocado em frente ao que restou da Kiss. Os sinos tocaram e os carros buzinaram em Santa Maria. O minuto de silêncio foi substituído por um minuto de barulho, revivendo a alegria barulhenta e feliz daqueles que morreram quando mais queriam viver.
Paralelamente, um mês depois da tragédia, vereadores de Santa Maria brigam para constituir uma CPI com a finalidade de “esclarecer as responsabilidades pela tragédia”. Sinceramente, é de não acreditar que pessoas que mereceram a confiança da população fiquem buscando espaços políticos, procurando palanques para desfilar seus interesses meramente eleitorais e partidários. Claro que eles sabem que nenhuma CPI, neste nosso triste Brasil, resolve alguma coisa. Comissão Parlamentar de Inquérito, todos sabemos, não dá em nada. Nunca deu. Tomara que a população de Santa Maria tenha consciência e, em homenagem aos seus 239 filhos que morreram no incêndio da boate Kiss, lembre do nome destes políticos que não respeitaram, em nenhum momento, a dor de tantas famílias. Por favor, não votem neles, nunca mais.
Em homenagem à memória daqueles jovens que estão em outro plano, o piano clássico de Fréderic Chopin em seu belíssimo Nocturne. Bom Dia!


Nenhum comentário:

Postar um comentário