Remédio para pressão alta pode evitar Alzheimer
Pessoas que fazem uso de um
medicamento que ajuda a regular a pressão sanguínea podem estar mais protegidas
contra a doença de Alzheimer, concluiu um estudo do Instituto de Pesquisa e
Educação em Saúde do Pacífico, nos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, os
betabloqueadores, classe de remédios prescritos para regular a pressão arterial
de pacientes com problemas cardíacos, reduz o risco de uma pessoa apresentar
alterações no cérebro que podem indicar a presença da demência. Os resultados
do trabalho foram divulgados nesta segunda-feira pela Academia Americana de
Neurologia e serão apresentados em março, quando acontecerá o encontro anual da
entidade.
Participaram do estudo 774 homens
idosos. Os pesquisadores avaliaram a saúde dos indivíduos e, quando eles
morreram, realizaram uma autópsia nos participantes. Dos homens selecionados
para o trabalho, 610 tinham pressão arterial elevada ou estavam sendo tratados
com medicamentos para controlar o problema, sendo que 15% desses idosos
recebiam apenas betabloqueadores, 18% recebiam esse remédio junto a outro tipo
de droga contra hipertensão; e o restante, recebia outros medicamentos contra a
condição.
Na autópsia, os pesquisadores
avaliaram a presença de lesões no cérebro dos participantes que são comuns
entre pessoas que têm a doença de Alzheimer. Segundo os resultados, qualquer
tipo de tratamento para pressão alta é melhor do que nenhum para a redução do
risco dessas lesões. No entanto, tratamentos que incluem os betabloqueadores,
especialmente aqueles que envolvem apenas esse tipo de droga, são os mais
eficazes na diminuição dessas chances, mostrou o estudo. Esse tratamento também
foi associado a um risco menor de encolhimento do cérebro, problema que tem
relação com piores quadros da doença.
“Como o número de pessoas com a
doença de Alzheimer tende a crescer significativamente com o envelhecimento da
população, é cada vez mais importante identificar fatores que podem retardar ou
prevenir o surgimento dessa doença”, diz Lon White, coordenador da pesquisa.
“Os nossos resultados são animadores, especialmente pelo fato de que os
betabloqueadores são medicamentos comuns no tratamento contra pressão alta.”
(Com Veja online)
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