Um dia depois de
ser condenado pela prática de corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal, o
ex-presidente do PT, José Genoino, anunciou nesta quarta-feira que entrega
seu cargo no governo Dilma Roussef. Genoino era assessor especial do
Ministério da Defesa desde março de 2011. A pasta é comandada por Celso Amorim.
O anúncio foi
feito por meio de uma carta, lida por Genoino à imprensa na porta de uma
reunião da executiva nacional do partido, em São Paulo. “Retiro-me do governo
com a consciência dos inocentes”, diz o réu condenado. José Dirceu também é
esperado no encontro.
Em uma série de
impropérios desferidos contra a mais alta corte da Justiça brasileira, Genoino
afirma: “A Corte errou. A Corte foi, sobretudo, injusta. Condenou um inocente.
Condenou-me sem provas.” A carta traz logo em sua abertura a frase do cândido
poeta gaúcho Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho.”
Com o
anúncio de que Genoino deixará o cargo de assessor especial do Ministério da
Defesa, a expectativa é que, nos próximos dias, ele se reúna com o ministro
Celso Amorim para formalizar sua exoneração. O agora condenado réu do mensalão
estava de licença médica para se submeter a um cateterismo, mas o prazo de
afastamento expiraria nesta quarta-feira.
O ministro
Celso Amorim nega ter sido pressionado pelo Palácio do Planalto para exonerar
Genoino de suas funções e não pretende levar a público críticas sobre a decisão
do Supremo Tribunal Federal de condenar o petista pelo crime de corrupção
ativa.
A auxiliares,
Amorim credita ao trabalho do ex-presidente do PT as negociações para a criação
da Comissão Nacional da Verdade, grupo de trabalho responsável por analisar
violações aos direitos humanos ocorridos no período da ditadura militar.(Com VEJA online)
Nenhum comentário:
Postar um comentário