Começa a sessão de julgamento dos réus que respondem por lavagem
de dinheiro. Hoje o revisor, ministro Ricardo Lewandowski, deverá ler o seu
voto.
Lewandowski começa dizendo
que Ayanna Tenório deve ser inocentada. "Inexiste, a meu ver, qualquer elemento que
comprove a sua adesão à pratica de lavagem de dinheiro", afirma.
A seguir, o
ministro-revisor, Ricardo Lewandowski, começa a ler seu voto sobre a ré Geisa
Dias.
Em aparte, o ministro
Joaquim Barbosa reclama de suposta crítica feita por Lewandowski a seu voto,
sendo contestado pelo revisor:
"Estou perplexo
com a vossa declaração. Tenho a maior admiração por vossa excelência. Proferiu
um belo voto. Há pontos em que, evidentemente, discordamos. Jamais ousaria
insinuar que seu voto seja incompleto. Vossa excelência está fazendo ilação,
data vênia, descabida. Reafirmo o respeito e admiração pelo seu trabalho. Não
tenho nenhuma crítica ao trabalho de vossa excelência".
Prosseguindo na
leitura de seu voto, Lewandowski afirma que Geiza Dias tinha atuação meramente
periférica, subalterna e limitava-se a cumprir ordens dos seus superiores.
Geiza era gerente da SMP&B.
O revisor lê depoimentos que se referem a Geiza como
funcionária subordinada na agência de publicidade e que ela não tinha
conhecimento do esquema. "Ela não era um
elo essencial nessa corrente", disse o ministro. Segundo
o revisor, incriminar Geiza Dias seria como culpar um frentista que abastece um
carro que se envolve em um crime de trânsito. Lewandowski ainda afirma
que ela colaborou com a investigação e que as provas não são suficientes para
condená-la. Ele absolve Geiza
Dias.
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