Ayres Britto reabre a sessão e
concede a palavra ao relator, Joaquim Barbosa, que dará continuidade a seu voto.
Barbosa fala agora sobre
a acusação de lavagem de dinheiro imputada aos réus ligados ao PP: Pedro Henry,
Pedro Corrêa e João Cláudio Genu. Segundo o ministro, os réus foram acusados
"tendo em vista a metodologia por eles empregada para receber os recursos
do PT com aparência lícita e utilizá-los em fins particulares".
Barbosa descreve como
eram feitos o repasse e a lavagem do dinheiro. "Utilizando-se desta
lavagem, os réus receberam milhões de reais em espécie por eles solicitado ao
PT sem deixar nenhum rastro no sistema bancário no País", diz Barbosa.
"Corrêa, Henry e Janene, com auxílio de Genu, dissimularam a natureza dos
valores milionários, bem como ocultaram os reais beneficiários destas
quantias", afirma o ministro.
O relator lê trechos de
depoimentos de funcionários da SMP&B e conclui: "Desses R$ 650 mil
conduzidos em carros-forte, foram pagos recursos de maneira clandestina a
representantes de dois partidos". Segundo Barbosa, o assessor João Claudio
Genu era quem executava o esquema, indo ao encontro de Simone Vasconcelos.
"Nas ocasiões em que
Genu esteve pessoalmente com Simone Vasconcelos, não houve envio de fax em nome
de Genu, mas sim da corré, que entregou o dinheiro pessoalmente", afirma
Barbosa. ’Muitos valores ficaram no nome de Simone, caracterizando lavagem de
dinheiro", explica o ministro.
"Janene, Henry e
Corrêa se utilizaram do esquema de lavagem oferecido pelos réus do núcleo publicitário
para receber de modo seguro e simulado os repasses", diz o relator.
"Está comprovada,
assim, a prática do crime de lavagem dos parlamentares do PP com auxílio do
assessor Genu", diz Barbosa.
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