segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mensalão

Núcleo político - 3
Ayres Britto reabre a sessão e concede a palavra ao relator, Joaquim Barbosa, que dará continuidade a seu voto. 
Barbosa fala agora sobre a acusação de lavagem de dinheiro imputada aos réus ligados ao PP: Pedro Henry, Pedro Corrêa e João Cláudio Genu. Segundo o ministro, os réus foram acusados "tendo em vista a metodologia por eles empregada para receber os recursos do PT com aparência lícita e utilizá-los em fins particulares".
Barbosa descreve como eram feitos o repasse e a lavagem do dinheiro. "Utilizando-se desta lavagem, os réus receberam milhões de reais em espécie por eles solicitado ao PT sem deixar nenhum rastro no sistema bancário no País", diz Barbosa. "Corrêa, Henry e Janene, com auxílio de Genu, dissimularam a natureza dos valores milionários, bem como ocultaram os reais beneficiários destas quantias", afirma o ministro.
O relator lê trechos de depoimentos de funcionários da SMP&B e conclui: "Desses R$ 650 mil conduzidos em carros-forte, foram pagos recursos de maneira clandestina a representantes de dois partidos". Segundo Barbosa, o assessor João Claudio Genu era quem executava o esquema, indo ao encontro de Simone Vasconcelos.
"Nas ocasiões em que Genu esteve pessoalmente com Simone Vasconcelos, não houve envio de fax em nome de Genu, mas sim da corré, que entregou o dinheiro pessoalmente", afirma Barbosa. ’Muitos valores ficaram no nome de Simone, caracterizando lavagem de dinheiro", explica o ministro.
"Janene, Henry e Corrêa se utilizaram do esquema de lavagem oferecido pelos réus do núcleo publicitário para receber de modo seguro e simulado os repasses", diz o relator.
"Está comprovada, assim, a prática do crime de lavagem dos parlamentares do PP com auxílio do assessor Genu", diz Barbosa.

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