Começou por volta de 14h30 a sessão que dá inicio à leitura
do relatório e voto do ministro Joaquim Barbosa. Diante de uma informação sua
de que leria o relatório por partes, o ministro revisor, Ricardo Levandowski
reagiu, provocando a intervenção do presidente Aures Brito, que decidiu por
colocar a questão em votação. Ao final dos debates, ficou decidido que cada
ministro votará como melhor entender.
Relator do mensalão
começa a ler seu voto.
Joaquim Barbosa diz que lerá seu voto a partir dos itens da denúncia a partir dos crimes cometidos pelos réus. A exposição dos crimes imputados aos réus foi dividida em capítulos sobre o período entre final de 2002 e junho de 2005, quando Roberto Jefferson denunciou o suposto esquema de propina.
Joaquim Barbosa diz que lerá seu voto a partir dos itens da denúncia a partir dos crimes cometidos pelos réus. A exposição dos crimes imputados aos réus foi dividida em capítulos sobre o período entre final de 2002 e junho de 2005, quando Roberto Jefferson denunciou o suposto esquema de propina.
Barbosa começa pelo item 3 da denúncia, que trata da lavagem
de dinheiro e desvio de recursos públicos pelas empresas de Valério em
contratos firmados com a Câmara. Barbosa levanta da cadeira para continuar
lendo seu voto.
Barbosa diz que o deputado João Paulo Cunha, então presidente
da Câmara na época, autorizou a terceirização de serviços que haviam sido
contratos de Marcos Valério.
O relator do mensalão lembra que João Paulo Cunha recebeu R$
50 mil das agências de Valério e que mandou a mulher para receber na agência.
Diz que o deputado apresentou várias versões diferentes para o dinheiro.
Segundo Barbosa, mandados de busca e apreensão na casa do deputado constataram
que havia documentos comprometedores que confirmavam que a mulher estava
autorizada a receber por João Paulo Cunha.
Todos
os ministros estão lendo neste momento documentos e o voto de Barbosa. O
ministro Fux faz anotações em um papel a caneta.
Joaquim Barbosa diz que “Não havia dúvidas que o dinheiro não
era do PT nem de Delúbio Soares, mas que vinham das agências de Valério. As
provas conduzem ao entendimento que o réu sabia da origem dos R$ 50 mil e
aceitou a vantagem indevida".
Barbosa citou depoimento que demonstra uma reunião de João
Paulo Cunha com Marcos Valério. De acordo com o ministro, no dia seguinte Cunha
recebeu os R$ 50 mil e a empresa de Valério foi contratada por meio de
licitação na Câmara.
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