quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mensalão

Leitura do relatório - 1
Começou por volta de 14h30 a sessão que dá inicio à leitura do relatório e voto do ministro Joaquim Barbosa. Diante de uma informação sua de que leria o relatório por partes, o ministro revisor, Ricardo Levandowski reagiu, provocando a intervenção do presidente Aures Brito, que decidiu por colocar a questão em votação. Ao final dos debates, ficou decidido que cada ministro votará como melhor entender.
Relator do mensalão começa a ler seu voto.
Joaquim Barbosa diz que lerá seu voto a partir dos itens da denúncia a partir dos crimes cometidos pelos réus. A exposição dos crimes imputados aos réus foi dividida em capítulos sobre o período entre final de 2002 e junho de 2005, quando Roberto Jefferson denunciou o suposto esquema de propina.
Barbosa começa pelo item 3 da denúncia, que trata da lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos pelas empresas de Valério em contratos firmados com a Câmara. Barbosa levanta da cadeira para continuar lendo seu voto.
Barbosa diz que o deputado João Paulo Cunha, então presidente da Câmara na época, autorizou a terceirização de serviços que haviam sido contratos de Marcos Valério.
O relator do mensalão lembra que João Paulo Cunha recebeu R$ 50 mil das agências de Valério e que mandou a mulher para receber na agência. Diz que o deputado apresentou várias versões diferentes para o dinheiro. Segundo Barbosa, mandados de busca e apreensão na casa do deputado constataram que havia documentos comprometedores que confirmavam que a mulher estava autorizada a receber por João Paulo Cunha.
Todos os ministros estão lendo neste momento documentos e o voto de Barbosa. O ministro Fux faz anotações em um papel a caneta.
Joaquim Barbosa diz que “Não havia dúvidas que o dinheiro não era do PT nem de Delúbio Soares, mas que vinham das agências de Valério. As provas conduzem ao entendimento que o réu sabia da origem dos R$ 50 mil e aceitou a vantagem indevida".
Barbosa citou depoimento que demonstra uma reunião de João Paulo Cunha com Marcos Valério. De acordo com o ministro, no dia seguinte Cunha recebeu os R$ 50 mil e a empresa de Valério foi contratada por meio de licitação na Câmara.

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