sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: sétimo dia – 4
O advogado Délio Lins e Silva Júnior é chamado para defender o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas. O ministro Ayres Britto diz que o defensor terá "até um minuto" para falar, e Décio Júnior o corrige: "Pode ser uma hora, senhor presidente?". O ato falho do presidente do STF arrancou risos no plenário e do próprio Ayres Britto.
Há sete anos, Jacinto é chamado de mensaleiro. Seus filhos cresceram ouvindo seu pai ser chamado de mensaleiro. E eu tenho certeza que ao término desse julgamento ele poderá viver normalmente. Se o mensalão existiu ou não, eu deixo para que vossas excelências decidam. A minha parte aqui é mostrar que, caso ele existiu, Jacinto Lamas não participou.
Provas mostram que Jacinto Lamas não teve participação no mensalão, diz o advogado, afirmando que ele não tinha envolvimento com a quadrilha e que não serviu de elo para os parlamentares do partido receberem recursos ilícitos. "A Receita Federal nunca autuou ele por seu patrimônio incompatível com seus rendimentos", diz o advogado. O TCU não encontrou nenhum processo sobre isso.
Vou falar aqui do presidente Lula. Não quero dizer que ele deveria figurar neste processo. Eu acredito que o presidente Lula realmente não sabia de nada. Mas quem seria o maior beneficiário do esquema? O chefe da Nação, o presidente da República, o presidente Lula. E eu acredito nele, que diz que de nada sabia. E existe um depoimento nos autos que diz que ele sabia: o de Roberto Jefferson. (...) E se ele não sabia, Jacinto Lamas também não sabia"
Jacinto Lamas era um zero à esquerda em termos políticos. E quem diz isso não sou eu, são os autos. O papel de assessor era figurativo, quem determinava para onde ia o dinheiro do PL era Valdemar de Costa Neto. Jacinto era um mero mensageiro".

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