Cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN)
anunciaram nesta quarta-feira em uma conferência em Genebra, na Suíça, terem
descoberto uma nova partícula subatômica que pode ser o tão procurado Bóson de
Higgs, conhecido como a "partícula de Deus" e considerado crucial
para entender a formação do Universo.
Joe Incandela, responsável
máximo pelo Compact Muon Solenoid (CMS), um dos maiores detectores do LHC,
situado na fronteira entre a França e a Suíça, afirmou que pesquisadores
alcançaram um certo nível de "descoberta" a respeito do bóson de
Higgs.
Segundo ele, uma partícula
foi, de fato, encontrada. Por enquanto, o que falta aos pesquisadores é
descobrir se essa partícula é o bóson de Higgs ou não. A equipe do CMS anunciou
um excesso de 5 sigmas, o que equivale ao "padrão ouro" para anunciar
descobertas, ou seja, uma chance menor que 1 em 1 milhão de ser uma
coincidência. "Este resultado ainda é preliminar, mas achamos que é forte
e sólido", afirma Incandela.
Fabiola Gianotti,
representante do Atlas, outro importante detector do LHC, também confirmou a
observação de uma nova partícula ao nível de 5 sigmas, o que implica que a
probabilidade de erro é de uma em três milhões.
"Observamos em nossos
dados sinais claros de uma nova partícula, ao nível de 5 sigmas, em uma região
de massa ao redor de 126 gigaelétron-volts (GeV)", disse a porta-voz do
Atlas durante a apresentação dos resultados deste experimento. O GeV é a medida
padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é equivalente à massa
aproximada de um próton. Gianotti destacou também que o excelente funcionamento
do Grande Colisor de Hádrons (LHC) e "o esforço de muita gente nos
permitiu chegar a esta emocionante etapa". Cientistas acreditam que a descoberta
de uma nova partícula que pode ser o bóson de Higgs pode ser crucial na
formação do universo.
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