A
caminhada orientada deste sábado, 30, vai passear pela história e arquitetura
do bairro Moinhos de Vento, visitando a Hidráulica, edifícios com
características arquitetônicas da década de 40, conjuntos de mansões e
palacetes preservados, além de praças e túneis verdes, que dão identidade ao
bairro. A saída da caminhada será na Demétrio Ribeiro em frente à Praça Daltro
Filho, no encontro das ruas Coronel Genuíno e Marechal Floriano, às 10h, onde um
ônibus da Carris levará os participantes até a Praça Júlio de Castilhos, local
em que se inicia o roteiro a pé, com duração aproximada de duas horas.
Os
interessados devem fazer sua inscrição pelo e-mail vivaocentroape@gmail.com, e
aguardar confirmação. Para participar é necessário doar alimentos não
perecíveis, que serão encaminhados a instituições do município. Outra opção é a
doação de ração para cães e gatos, que será destinada aos animais, por meio da
Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda). Existem caixas para o
recolhimento no ponto de saída das caminhadas.
Roteiro - O roteiro a pé inicia-se na
Praça Júlio de Castilhos, considerada a porta de entrada do bairro Moinhos de
Vento, apesar de, oficialmente, não fazer parte do bairro, como informa o
orientador da caminhada, o arquiteto Silvio Belmonte de Abreu Filho.“Vamos
mostrar os edifícios e equipamentos urbanos que caracterizam o bairro, como os
prédios do Hospital Fêmina, da Sociedade Germânia, do Jardim Cristófolli,
seguindo pela avenida 24 de Outubro, antiga Estrada dos Moinhos de Vento”,
explica Belmonte.
Um dos
pontos altos do passeio será a Hidráulica do Moinhos de Vento (Dmae), primeira
grande hidráulica da cidade, datada do início do século passado. “Faremos uma
visitação interna, mostrando o belo jardim feito ao estilo francês, o edifício
em estilo clássico de apelo alemão, de 1928, e os tanques de filtragem, que
trouxeram um grande melhoramento para os moradores do bairro, à época, pois
foram os primeiros a receber água filtrada”, conta o arquiteto.
O roteiro
segue pelas ruas Barão de Santo Ângelo e Fernando Gomes, com suas mansões e
palacetes remanescentes, com ênfase em dois deles que estão localizados na
esquina das ruas Santo Inácio com Luciana de Abreu, das famílias Barth e Farias.
Na Dinarte Ribeiro, a ênfase serão os conjuntos de casas e os túneis verdes,
que também podem ser visitados na Fernando Gomes e Luciana de Abreu, agora
protegidos por lei.
O passeio
termina na Praça Maurício Cardoso, onde antigamente era o Arraial de São
Manoel. A praça foi implantada no ano de 1878 com o loteamento do Arraial de
São Manoel. Chamava-se então Praça São Manoel, na qual foi lançada, em 24 de
fevereiro daquele ano, a pedra fundamental de uma capela homônima. Essa capela
chegou a ser sede de um curato (1912), mas este foi transferido em 1917 para a
Igreja São Pedro, na avenida Cristóvão Colombo. O logradouro teve seu nome
alterado para o atual, numa homenagem a Joaquim Maurício Cardoso em
1938.Ocupando uma área de 6.420 m², a praça contém um espelho d'água, parque
infantil, monumentos pérgulas, bancos e vasos ornamentais em estilo marajoara.
Foto: Renato
Rossi/Divulgação PMPA
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