A presidente Dilma Rousseff afirmou que um processo sumário
de impeachment ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, representando ameaça
de ruptura da ordem democrática, violação da ordem constitucional ou qualquer
situação que ponha em risco o legítimo exercício do poder e a vigência dos
valores e princípios democráticos, pode levar a uma sanção ao país. O que pode
ter como consequências o desligamento do Paraguai de organismos como Unasul e
Mercosul.
Durante
entrevista coletiva antes de encerrar a Conferencia Rio+20, Dilma foi
questionada se o processo de impeachment de Lugo pode levar à expulsão do
Paraguai desses organismos por não respeitar as cláusulas democráticas. A
presidente respondeu que não queria raciocinar sob hipótese, mas emendou:
"posso dizer o que está previsto no protocolo, que é a não participação
nos órgãos multilaterais".
Para
ela, não contribui, neste momento, a discussão de uma situação que ainda não
ocorreu e que pode ser visto como uma forma de ameaça. Mas advertiu que "a
atitude dos 12 chanceleres e dos 12 países representam uma atitude de muito
respeito à soberania do Paraguai, mas é também uma atitude de muito respeito
pela democracia". E avisou: "desta situação, asseguro que sai uma
consequência".
Dilma
lembrou que "nós que passamos por um processo muito doloroso de golpe,
passamos por processo de retomada da democracia. Dar valor a ela é algo muito
importante, mostra maturidade da América Latina".
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