Inquérito no STF segue
'motivações semelhantes' à censura a sites e não se pode silenciar liberdades,
diz ministro
O ministro da Secretaria
de Governo, Santos Cruz,
avalia que o inquérito aberto pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) para apurar supostas
ameaças a ministros da Corte segue o mesmo “princípio” e
“motivações semelhantes” à censura
imposta a sites de notícias pelo ministro Alexandre de
Moraes, que já foi
revogada.
Questionado pelo blog
sobre sua opinião em relação à censura determinada a sites de notícias, o
ministro disse que não se pode “silenciar liberdades”.
“Sou a favor total das
liberdades do cidadão e sou contra censura. A imprensa precisa ter
responsabilidades, assim como qualquer cidadão. Não importa se é A, B ou C. Se
tem algo incomodando, tem a Justiça para recorrer. O importante é manter os
canais abertos, canais livres para total liberdade de imprensa”, disse Santos
Cruz.
Perguntado sobre se avalia
que o inquérito do STF precisa ser arquivado, o ministro deixa claro que fala
como "leigo", que não conhece tecnicamente o que está sendo
investigado, mas afirma que, em sua opinião, se algo que está sendo investigado
não for comprovado, quem acusou precisa ser “responsabilizado”.
“Porque com essa
exposição, se não se comprovar nada, o estado precisa ser responsabilizado”,
afirmou.
O ministro é amigo do
general Paulo Chagas, um dos alvos
de buscas da Polícia Federal no inquérito cujo relator é
Alexandre de Moraes.
Santos Cruz diz que Chagas
é um homem “honrado, sério e íntegro” e que o conhece há cerca de 30 anos.
“Sou a favor das
liberdades. Se houver algo incomodando alguém, existem canais para queixas. E
quem julga precisa julgar; quem investiga, investigar. Não se pode silenciar
liberdades”, frisou o ministro.
Blog da Andreia Sadi
Portal G1
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