Agora, o jogo é prá valer!
A Revista IstoÉ faz uma
análise dos pós e contra que cada candidato deverá enfrentar na eleição de outubro.
Confira:
JAIR BOLSONARO (PSL)
A seu favor
Lider as pesquisas há
meses ocupando o lugar de Lula, que, preso e barrado pela Lei da Ficha Limpa, não
poderá concorrer.. É o principal beneficiário no país de uma onda conservadora
que, por exemplo, ajudou a eleger Trump. Tem militância ativa nas redes
sociais.
Contra ele
Pertence a um partido
pequeno, com apenas alguns segundos de tempo em rádio e televisão. Ainda não
conseguiu fechar alianças. Poderá ter ao seu lado o PR. Seu discurso radical
gera dose alta de rejeição, uma situação que pode fazer com que seus adversários
unam-se contra ele no segundo turno.
MARINA SILVA (REDE)
A seu favor
Em todas as pesquisas, ela
sempre aparece em segundo lugar. Seu partido, a REDE, propõe um novo modo de
fazer política, o que está em sintonia ao que parte do eleitorado deseja. Tem o
recall das outras duas vezes em que foi candidata a presidente.
Contra ela
Seu discurso é por vezes
confuso, gerando dúvidas em seu potencial eleitorado. Muitos a critica m por
demorar a se posicionar sobre temas de importância no debate nacional. Não
conseguiu agregar ainda aliados à sua candidatura.
CIRO GOMES (PDT)
A seu favor
Trabalha para ser herdeiro
dos votos de esquerda que sairiam de Lula. Mas busca também composições ao
centro e à direita. Se conseguir fechar as alianças com o PSB e o PT, terá ampliado
bastante seu tempo de TV na campanha. Tem o recall de ter disputado duas
eleições presidenciais.
Contra ele
Ao longo de sua carreira,
Ciro mudou muito de partido. O que faz com que as forças políticas não o
considerem confiável, dificultando a construção das alianças, como a busca do
DEM. Seu principal defeito é o temperamento intempestivo e imprevisível.
GERALDO ALCKMIN (PSDB)
A seu favor
Trabalha para ser o
candidato dos partidos de centro, evitando assim, a polarização esquerda x
direita que haveria numa disputa entre Bolsonaro e Ciro. Governou o Estadod e
São Paulo por 20 anos com índices de aprovação. Quando disputou a Presidência,
em 2006, chegou ao segundo turno.
Contra ele
Para quem já disputou
eleição presidencial, os percentuais alcançados por ele nas pesquisas até agora
estão muito abaixo do esperado. Sua candidatura não decola e, por esta razão,
não é capaz de aglutinar o centro. A essa altura não tem garantida sequer a
tradicional aliança do PSDB com o DEM.
ÁLVARO DIAS (PODEMOS)
A seu favor
Entre os candidatos
viáveis, Álvaro Dias tem a vantagem de não ter acusações de corrupção contra
ele. Seu partido, o PODEMOS, faz o discurso da renovação da política que pode
agradar ao eleitorado. É o candidato com melhora desempenho em seu estado de
origem, o Paraná. Tem ativa participação nas redes sociais.
Contra ele
Seu partido é pequeno e
seu tempo de TV menor ainda. Cobiçado como alternativa de apoio de vários
partidos, inclusive com convites de se tornar vive de outros concorrentes, ele
não consegue inverter a direção que os partidos de centro o apoiem formalmente.
HENRIQUE MEIRELLES (MDB)
A seu favor
É candidato pelo mais bem
estruturado partido do país, o MDB. Dono de fortuna pessoal tem condições de
bancar a campanha sem precisar de dinheiro do partido e de outros
financiadores. Por isso, entre os candidatos é o único que já tem montada estrutura
de campanha.
Contra ele
Não passa de 1% nas
pesquisas. Por essa razão, o partido não se entusiasma muito com sua
candidatura. Quando teve candidato próprio em eleições passadas, o MDB os
abandonou no meio da disputa, como aconteceu até mesmo com Ulisses Guimarães.
MANUELA D’AVILA (PCdoB) E
GUILHERME BOULOS (PSOL)
A seu favor
Como se aliaram claramente
a Lula, poderão herdar parte de seus votos na disputa. Trabalham muito bem as
redes sociais, especialmente Manuela. Podem vir ainda a desistir das
candidaturas para se unirem a um candidato de esquerda. No caso de Manuela, há
inclusive conversas com Ciro, além do PT.
Contra eles
Os discursos muito
radicais de esquerda sempre assustaram o eleitorado. Assim, Manuela e Boulos
poderão ter o mesmo tipo de atuação
periférica que outros candidatos com perfis semelhantes tiveram em eleições
passadas.
Portal IstoÉ