Nas monarquias de
antigamente, o bobo da corte era encarregado de entreter os reis e rainhas.
Hoje, o bobo da corte precisa satisfazer os desejos de diversão de seus
mandatários, que agem como donos dos desígnios do séquito que comandam.
Fernando Haddad, ao se submeter ao papel de ser o candidato de Lula, rezando
unicamente na sua cartilha, sem vontade e ideias próprias, torna-se o bobo da
corte de Lula.
Inicialmente, Haddad
precisou se humilhar sustentando uma candidatura a vice-presidente, quando na
verdade o pretenso candidato a presidente estava enjaulado na carceragem da
Polícia Federal em Curitiba. Todos sabiam que Lula não poderia ser candidato
por ter sido condenado em segunda instância por causa do tríplex do Guarujá. E
condenado em segunda instância é automaticamente ficha suja e, portanto,
inelegível. Mas mesmo assim manteve sua ilegal candidatura de dentro da cadeia,
obrigando Haddad, seu pau mandado, a rodar o País como seu vice, quando, na
verdade, já se sabia que ele seria o candidato a presidente. Mas ele estava
proibido de dizer isso. Agiu como menino do colégio, que não pode revelar um
segredinho do amigo.
Haddad teve que se
submeter até ao ridículo papel de coadjuvante da palhaçada de Lula ao pedir
votos no Nordeste em seu nome. Até chapéu de couro nordestino o professor da
USP teve que vestir. Quando precisou substituir seu nome pelo de Haddad, como
forma de garantir um nome do PT nas urnas eletrônicas no dia 7 de outubro, Lula
guindou o ex-prefeito à condição de marionete. Haddad tem que repetir tudo o
que o seu mestre mandar nas andanças pelo País. Com essa postura, Haddad
praticamente dá adeus a uma carreira política com ideias próprias. Passará a
ser o novo bobo da corte de Lula, assim como em 2010 era a amalucada Dilma.
*Germano Oliveira é editor
de política da ISTOÉ
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