Foto: ABPA/Reprodução |
Os bloqueios que impedem a circulação de caminhões
com rações, insumos para a produção da alimentação animal e outros produtos já
deixaram quase 70 milhões de aves mortas,
segundo estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Outras 120.000 toneladas de carne de frango e carne suína deixaram de ser
exportadas desde o início da greve dos caminhoneiros, que já está
no seu nono dia.
Segundo levantamento feito pela entidade, os caminhões
que transportam milho, soja e outros produtos para manter os animais são
impedidos de circular em mais de 300 pontos de 22 estados em todo o país. Além
dos bloqueios, de acordo com a associação, há relatos de ameaças a motoristas
que querem deixar a paralisação.
Em nota, a ABPA afirma que os animais mortos são
colocados em composteiras dentro das propriedades, mas o sistema já está no
limite de sua capacidade para abrigar os corpos. “O risco ambiental e de saúde
pública é crescente. Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos ainda
estão em risco de morte como consequência direta dos bloqueios”, diz o
comunicado.
A entidade
também afirma que todos os esforços estão sendo realizados por avicultores,
técnicos do setor, colaboradores da cadeia produtiva e, inclusive, motoristas
que não concordam com a continuidade da greve para diminuir os graves impactos
causados pela paralisação.
“A situação é
alarmante para todo o setor. A continuação dos bloqueios para produtos
alimentícios, rações e animais são um grave risco para o País e exigem uma ação
forte e imediata do governo. Não é mais possível esperar”, diz o texto.
Portal VEJA
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