O acordo proposto
pelo presidente Michel Temer para encerrar a greve dos caminhoneiros não
foi suficiente para acabar com os bloqueios nas estradas. O governo atribuiu a
dificuldade para encerrar a greve à existência de infiltrados políticos dentro
do movimento. Os líderes grevistas se dividiram sobre a continuidade da
paralisação. A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) defende o retorno
ao trabalho, mas uma parte da categoria afirma que nem todas as reivindicações
foram atendidas e por isso a greve continua. Enquanto isso, a população faz
filas atrás de gasolina e álcool nos postos do país e aguarda o abastecimento
de alimentos em supermercados e centros de distribuição.
O abastecimento de combustíveis apresentou melhoras pelo
país com a redução do movimento de paralisação dos caminhoneiros, mas a
situação ainda está longe do ideal e deve demorar pelo menos uma semana para
voltar ao normal, disse nesta terça-feira o diretor da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Aurélio Amaral.
Ainda há locais onde a
situação é considerada delicada. Uma grande preocupação das autoridades é com o
Porto de Suape, um polo importante para a Região Nordeste. “Lá em Suape a
situação ainda é crítica e continua ruim também em Minas, Rondônia, São Paulo,
Roraima, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Sergipe”, acrescentou o diretor, que
disse esperar uma melhora ao longo do dia.
Postos de gasolina de
vários pontos da cidade de São Paulo começaram a receber combustível na noite
desta terça-feira. Os caminhões-tanque chegavam escoltados por carros da
Polícia Militar, que permanecia nos postos. Em alguns estabelecimentos, preço
da gasolina chegava a 5,10 reais.
Nove dos 54 aeroportos
administrados pela Infraero estão sem combustível no início desta terça-feira
como reflexo da greve dos caminhoneiros. São eles:
Foz do Iguaçu/PR
Paulo Afonso/BA
Teresina/PI
Palmas/TO
João Pessoa/PB
Ilhéus/BA
Cuiabá/MT
Imperatriz/MA
Petrolina/PE
Paulo Afonso/BA
Teresina/PI
Palmas/TO
João Pessoa/PB
Ilhéus/BA
Cuiabá/MT
Imperatriz/MA
Petrolina/PE
A Infraero esclarece que
os aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. Nos
terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que
chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima
etapa do voo.
SITUAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL
A greve dos
caminhoneiros entra no nono dia nesta terça-feira (29) com
registros de manifestações em
diversos pontos do Rio
Grande do Sul. De acordo com Federação das Indústria do Estado do
Rio Grande do Sul (Fiergs), o prejuízo
da mobilização para as fábricas chega, até agora, a R$ 1,6
bilhão. Os segmentos de bebidas, laticínios e alimentos são os mais
prejudicados, mas também há impactos nas áreas químicas, veículos e máquinas.
Manifestações: há
pelo menos 100 pontos de protestos em rodovias federais e estaduais do Rio
Grande do Sul nesta terça-feira
Ônibus em Porto Alegre: nesta terça e quarta-feira, nos momentos de pico – dos primeiros horários às 8h30min e das 17h às 19h30min –, os coletivos irão circular normalmente. Nos demais horários, as linhas funcionarão apenas de hora em hora.
Aeroporto:
Salgado Filho tem combustível disponível para garantir voos até as
14h de quarta-feira (30).
Combustível: de acordo com a prefeitura de Porto Alegre, pelo menos 24 postos estão vendendo combustível nesta terça-feira
Escolas: rede
estadual deve retomar as atividades nesta terça-feira
VEJA/Gaucha/ZH
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