Um grupo de intelectuais ligados a esquerda – não
necessariamente ao PT – manifestou apoio ao nome do ex-prefeito de São
Paulo Fernando Haddad não como plano
B, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja
impedido pela Justiça de disputar a eleição, mas como primeira opção de uma
frente ampla de centro-esquerda para a disputa presidencial do dia 7 de
outubro.
A filósofa Djamila Ribeiro, o arquiteto Fernando de
Mello Franco (ambos ex-integrantes da gestão Haddad), a historiadora Heloísa
Starling, o sociólogo Jessé Souza e a psicanalista Maria Rita Kehl subscreveram
o artigo Fernando Haddad, renovação e experiência, publicado na semana anterior
pelo antropólogo Ricardo Teperman, o engenheiro Luiz Rheingantz e o economista
André Kwak (ex-oficial de gabinete de Haddad na prefeitura) na Folha de
S.Paulo.
Teperman, Rheingantz e Kwak são os criadores do grupo “Eu voto no Haddad, me pergunte por quê”, formado em 2016 para alavancar a candidatura à reeleição do ex-prefeito e inativo desde a derrota para João Doria (PSDB) no 1.º turno da disputa municipal, em 2016.
O texto, feito à revelia do ex-prefeito, foi
interpretado por setores do PT como uma tentativa de lançamento informal da
pré-candidatura de Haddad à Presidência. Embora tenha sido publicado dias antes
da Operação Cartão Vermelho, que teve como alvo o
ex-ministro Jaques Wagner, também cotado para ser o eventual
substituto de Lula na eleição presidencial, o artigo e o apoio dos intelectuais
ganharam força depois que Wagner foi alvejado pela Polícia Federal. Wagner é
acusado de receber propina da Odebrecht e da OAS.
Agência Estado
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