Assembleia rejeita decisão dos EUA sobre Jerusalém
A Assembleia-Geral das Nações Unidas votou a
favor de uma resolução que pede a retirada do reconhecimento de Jerusalém como
capital israelense pelos Estados
Unidos. O texto afirma que qualquer decisão individual sobre o
status da cidade é “nula e sem validade” e deve ser cancelada imediatamente.
A resolução foi aprovada por 128 Estados da ONU, com 35
abstenções e apenas nove votos contrários. A votação foi alvo de uma forte
pressão da administração de Donald Trump,
que ameaçou cortar os fundos humanitários dos países que apoiarem a medida.
A resolução que a Assembleia de 193 países aprovou não
menciona a decisão de Trump, mas expressa “uma profunda preocupação com as
recentes decisões acerca do estatuto de Jerusalém”. Apesar de ser uma decisão
simbólica, não vinculativa, demonstra mais uma vez o descontentamento geral com
a medida americana.
Anunciada em 6 de dezembro, a decisão de
Trump de reconhecer Jerusalém rompeu com o consenso internacional de
que o status da cidade só seria definido com negociações entre israelenses e
palestinos, deflagrou protestos em todo mundo muçulmano e provocou uma forte
condenação da comunidade internacional.
A aprovação da resolução ocorreu apesar das ameaças
de Nikki Haley, embaixadora
americana na ONU, que disse que Washington lembraria quais nações
“desrespeitaram” os Estados Unidos votando contra seu país.
Os países que votaram contra a resolução nessa quinta,
além de Estados Unidos e Israel, foram Guatemala, Honduras, Ilhas Marshall,
Micronésia, Nauru, Palau e Togo.
Veja.com
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