Marun pede indiciamento de Janot e irmãos Batista
Prestes a assumir a articulação política do Palácio do
Planalto, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS)
pediu, no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) da JBS, o indiciamento do
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e
do procurador da República Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete de
Janot. Os dois são acusados pelo relator dos crimes de prevaricação, incitação
à subversão e calúnia ou difamação do presidente da República. O ex-PGR também
deve responder por abuso de autoridade, diz Marun.
No relatório de 326 páginas, apresentado nesta
terça-feira 12, o parlamentar também pede o indiciamento dos irmãos Joesley e Wesley
Batista, donos da JBS e sócios do grupo J&F, e do ex-executivo
da JBS Ricardo Saud,
e do ex-procurador da República Marcello
Miller. O relator da CPMI concluiu que as acusações de Janot que
levaram a duas denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB)
são infundadas.
O futuro secretário de Governo de Temer concluiu que as
acusações foram baseadas em provas frágeis e “inidôneas” produzidas pelos
irmãos Batista, que lhe garantiram imunidade em um acordo de delação premiada.
Para relator, Janot fundamentou sua ação apenas com a gravação de uma conversa
entre Temer e Joesley fora da agenda oficial no Palácio do Jaburu. Isso,
segundo Marun, não revela a prática de qualquer ato criminoso por parte de
Temer e trata-se de atividade “inerente” ao cargo.
No caso dos irmãos Batista, Marun pede o indiciamento
deles pelos crimes de corrupção ativa, uso indevido de informação privilegiada
e manipulação de mercado. Quanto a Saud, Marun pede seu indiciamento por
corrupção ativa, enquanto Marcello Miller deve responder por corrupção passiva,
improbidade administrativa, entre outros crimes. Se aprovado na comissão, o
relatório é enviado como um documento de sugestões ao Ministério Público Federal (MPF) e
à Polícia Federal.
Veja.com
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