Grupo de garotinho usava armas de fogo
A ação que
resultou nas prisões dos
ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho (PR),
na manhã desta quarta-feira (22), faz parte de uma investigação que indica a
existência de um esquema de contratos fraudulentos firmados entre empresas para
repassar dinheiro para campanhas eleitorais.
Os beneficiários seriam Garotinho e o grupo político
liderado por ele. Os ex-governadores são acusados de corrupção, organização
criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.
A investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público Estadual (MP-RJ) aponta que Garotinho cobrava propina de
empresários em licitações da Prefeitura de Campos dos Goytacazes e, depois,
pedia dinheiro para que os contratos fossem honrados.
Os promotores do MP-RJ afirmam que, entre janeiro de 2009
e dezembro de 2016, período em que Rosinha foi prefeita de Campos, os
envolvidos "associaram-se em organização criminosa, inclusive com o
emprego de arma de fogo, de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela
divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens
financeiras, inclusive sob a forma de doações eleitorais".
Garotinho foi preso no
apartamento da família no Flamengo, Zona Sul do Rio, e levado
para a sede da PF. Depois, o ex-governador seguiu para o Instituto Médico Legal
(IML) para fazer exame de corpo de delito. Ele foi hostilizado na saída da sede
da PF, quando foi
chamado de "bandido" e "corrupto". Rosinha
Garotinho foi detida em Campos dos Goytacazes, no Norte do estado.
Para a operação, a Justiça Eleitoral de Campos dos
Goytacazes expediu nesta quarta-feira nove mandados de prisão e dez de busca e
apreensão.
Agência Globo
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