quinta-feira, 7 de setembro de 2017

➤RESUMO

A crise política no Brasil

As redes sociais estão recebendo uma carga, muito pequena é verdade, de defensores dos indiciados por desvios de dinheiro público e, agora, por tentativa de obstrução da Lava Jato. Todos, indistintamente, afirmando que é tudo armação da imprensa golpista e maldita, do MPF e da PF que perseguem o “homem tão honesto quanto Jesus Cristo”.

Os defensores do lulopetismo, preferem estar ao lado dos bandidos Joesley Batista e Ricardo Saud, de corruptos condenados, de quem roubou declaradamente o dinheiro da Petrobras e alguns até esquecem que Geddel Vieira Lima, o homem das malas com R$ 51 milhões, foi ministro e amigo de Lula, vice presidente da Caixa e amigo de Dilma.

Para começar esta manhã de feriado de 7 de setembro, com a esperança de que comecemos a nos libertar verdadeiramente dos corruptos, faço um resumo do que está publicado nos jornais desde que as gravações foram entregues ao MPF, que encontraram o dinheiro do Geddel e das declarações do Palocci, homem de extrema confiança do PT, mas que, a partir de agora, parece, segundo eles, um grande mentiroso.

Palocci diz que tramou com Lula contra a Lava Jato
Em interrogatório, ex-ministro afirma que, ao lado do ex-presidente, participou de reuniões ‘com outras pessoas no sentido de buscar criar obstáculos à evolução’ da operação.
Moro questionou Palocci sobre uma declaração do ex-ministro: “Tentei ajudar a que não andassem as investigações da operação Lava Jato”. O magistrado quis saber se isto teria ocorrido ‘juntamente com o ex-presidente’.
“Sim”, disse Palocci. “Em algumas oportunidades, eu me reuni com o ex-presidente Lula e com outras pessoas no sentido de buscar, vamos dizer, criar obstáculos à evolução da Lava Jato. Posso citar casos se o sr desejar.”

Supremo e PGR indicam rever acordo da J&F
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o empresário Joesley Batista e outros dois delatores do Grupo J&F percam a imunidade penal prevista no acordo de colaboração. O motivo é a omissão de fatos descobertos em gravação entregue pelos delatores. A indicação de Janot converge com a avaliação feita por ministros da Corte de que os benefícios concedidos aos empresários merecem ser rediscutidos, embora façam a ressalva de que as informações obtidas a partir do acordo poderão continuar a ser aproveitadas em processos.

Delatores da JBS prestam depoimento na PGR nesta quinta
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende ouvir nesta quinta-feira, 7, os três delatores da JBS cujo acordo de colaboração premiada deve ser revisto. O empresário Joesley Batista, o diretor da empresa Ricardo Saud e o advogado Francisco Assis devem prestar esclarecimento a partir das 10h, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.

Janot denuncia Lula, Dilma e Mercadante por obstrução de Justiça
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quarta-feira (6) uma nova denúncia contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, desta vez por obstrução de justiça. O ex-ministro Aloizio Mercadante também foi denunciado pela PGR pelo mesmo crime.

PF acha digitais de Geddel no bunker de R$ 51 milhões
A Polícia Federal achou impressões digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima no apartamento do bairro da Graça, em Salvador, onde foram encontrados incríveis R$ 51 milhões em dinheiro vivo. As impressões foram identificadas em malas e caixas onde estavam estocadas as cédulas, informou a repórter Camila Bomfim, da TV Globo.

Procurador almoçou na casa de Joesley 15 dias antes do grampo em Temer
As relações de Marcelo Miller, o ex-procurador encrencado, e Joesley Batista são anteriores ao que se sabia até agora. Miller almoçou na casa de Joesley no Jardim Europa (SP) no final de fevereiro.  Mesma ocasião em que pediu exoneração do cargo de procurador da República.
Foi o primeiro de uma série de encontros entre os dois.
No dia 7 de março, duas semanas, portanto, depois desse almoço Joesley entrava no Jaburu para gravar Michel Temer.

Palocci diz que Lula falou de corrupção em 2007, mas combate a ‘ilícitos ficou em terceiro plano’
Em seu depoimento nesta quarta-feira ao juiz Sergio Moro, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que o ex-presidente Lula o procurou em 2007 dizendo conhecer funcionamento do esquema de corrupção das diretorias de serviço e de abastecimento da Petrobras. Palocci disse que ele e Lula sabiam que cada diretor da estatal tinha a função de arrecadar recursos para os partidos por meio de contratos.
- Quando o presidente Lula foi reeleito em 2007, ele me chamou no Palácio da Alvorada e falou: soube que na área de serviço e abastecimento está havendo muita corrupção. Eu falei: é verdade, está havendo, sim - contou Palocci.

➽Lula rebate Palocci: 'contraditório' e 'sem compromisso com verdade'
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira para rebater a acusação do ex-ministro Antonio Palocci, que afirmou que Lula acompanhava o repasse de propina da Odebrecht para o PT. Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, Palocci disse que havia um ‘pacto de sangue’ celebrado com a Odebrecht que resultou num pacote de propina de R$ 300 milhões para o PT. O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins afirmou que Palocci mudou sua versão sobre os fatos para conseguir fechar acordo de delação porque está "preso e sob pressão"

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