Procuradoria manda para Fachin
Lúcio Funaro - Foto:AE/Reprodução |
A delação do operador financeiro Lúcio Funaro chegou
nesta terça-feira, 29, ao gabinete do ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF). Cabe ao relator da Lava Jato na Corte homologar o
acordo de Funaro com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Só depois disso,
o Ministério Público Federal pode utilizar as informações prestadas pelo
operador para realizar investigações.
Antes de homologar a delação, o ministro deve convocar o
colaborador para confirmar que o acordo foi assinado de forma espontânea. O
conteúdo da delação é mantido em sigilo.
Nas conversas com a PGR, Funaro detalhou sua atuação como
operador financeiro do PMDB da Câmara dos Deputados. O grupo político é
liderado pelo presidente Michel Temer e tem como principais integrantes os
atuais e ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e
Henrique Eduardo Alves. Além deles, outro importante representante dos
peemedebistas da Câmara é o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba por
ordem do juiz Sérgio Moro.
O acordo foi assinado há uma semana na sede da PGR, em
Brasília. Depois disso, o operador financeiro passou a prestar depoimentos aos
investigadores.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende
usar informações prestadas por Funaro na segunda denúncia que pretende enviar
contra o presidente Michel Temer.
Agência Estado
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