'Na Venezuela há Estado de terror', diz Ortega sobre
processo contra ela
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, declarou nesta quarta-feira que
está preparada para tudo, após a Suprema Corte do país autorizar a abertura de
um processo para julgá-la, mas denunciou que a Justiça é utilizada para
perseguir a dissidência politica. Ortega — militante
chavista que vem discordando presidente venezuelano, Nicolás Maduro — assegurou que o seu acesso ao
processo foi negado, então ela não conhece o conteúdo da sentença.
— Estou preparada para tudo. Quando alguém assume este
cargo, deve estar preparado. Os homens do governo devem assumir sua
responsabilidade — disse Ortega em entrevista a uma rádio local, ao ser
questionada sobre a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). —
Lamentavelmente na Venezuela não há um Estado de direito, mas um Estado de terror.
Ortega comparou a ação contra ela com as sentenças do TSJ
contra o Parlamento, controlado desde janeiro de 2016 pela oposição, cujas
decisões são consideradas nulas.
PF vê elementos que vinculariam Pezão a integrantes do
esquema Cabral
A Polícia Federal afirma em um relatório, datado de 6 de
junho, que foram verificadas "algumas informações que podem servir de
elementos probatórios que vinculam o governador Luiz Fernando Pezão a
integrantes da organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio
Cabral". A afirmação da PF está no documento relativo à perícia feita no
celular de Luiz Carlos Bezerra, apontado como operador de Cabral. A relação de
proximidade entre Pezão e Bezerra é listada pela PF por meio de mensagens
trocadas pelo operador com o próprio governador. No dia 29 de março do ano
passado, Bezerra escreve a Pezão, a quem chama de "Pezzone", para
desejar feliz aniversário.
"Querido amigo e Exmo Governador Pezzone. Parabéns e
felicidades 1000 pelo seu aniversário, que iremos comemorar muitos outros
adiante, não têm a menor dúvida", escreve Bezerra. "Vamos juntos
amigo, a gente até enverga, mas não quebra !!! concluiu.
Ministro da Justiça diz que hipótese de nomeação para
barrar Lava Jato é 'teoria esquizofrênica de conspiração'
Em visita a Porto Alegre nesta quarta-feira (21) para
participar do 7º Fórum Nacional de Tecnologia e Inovação na Segurança Pública,
o ministro da Justiça, Torquato Jardim, evitou falar sobre a Lava Jato.
Questionado sobre a hipótese de ter sido nomeado para barrar a operação, há
cerca de um mês, o ministro rechaçou a questão e disse que não há nenhuma
tentativa do governo de atrapalhar as investigações.
"É uma teoria esquizofrênica de conspiração. Não há
ninguém tentando acabar com a Lava Jato. Já dei uma dúzia de entrevistas sobre
o tema. É manchete clara, já declarei varias vezes, desde a Transparência. Não
há medida alguma, direta ou indireta do governo federal, para atrapalhar as
investigações", afirmou rapidamente à Rádio Gaúcha depois de palestrar no
evento.
Após a pergunta, porém, o ministro interrompeu a
entrevista e seguiu para outros compromissos.
Advocacia-Geral
da União pede ao TCU bloqueio dos bens da JBS
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta
quarta-feira (21) com uma manifestação junto ao Tribunal de Contas da União
(TCU) para solicitar o imediato bloqueio de bens do grupo JBS e de seus
responsáveis. A medida pretende
garantir um futuro ressarcimento dos supostos prejuízos de cerca de R$ 850
milhões causados aos cofres do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), alvo de apuração no TCU.
Avança no Senado proposta de recall para mandato do
presidente da República
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
aprovou nesta quarta-feira (21) o substitutivo do senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 21/2015, que prevê um
recall (um referendo popular) para o mandato de presidente da República.
De iniciativa do senador Antônio Carlos Valadares
(PSB-SE), o texto original estendia a medida a governadores, prefeitos,
senadores, deputados (federais, estaduais e distritais) e vereadores após dois
anos de exercício no cargo. No entanto, o substitutivo de Anastasia limitou
essa possibilidade ao chefe do Executivo, que poderá ter seu mandato revogado
por proposta assinada por, pelo menos, 10% do número de eleitores que
compareceram à última eleição presidencial, que devem representar 14 unidades
da Federação com pelo menos 5% dos eleitores de cada uma delas.
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