quinta-feira, 22 de junho de 2017

➤Carne in natura

EUA suspendem importações do Brasil

Foto:AP/VEJA/Reprodução
Os Estados Unidos suspenderam nesta quinta-feira (22) todas as importações de carne bovina in natura do Brasil devido a recorrentes preocupações sanitárias com os produtos, afirmou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

O mercado de carne bovina brasileira nos Estados Unidos havia sido fechado em 2003 e só foi reaberto no ano passado. 

A suspensão, diz o USDA, vai continuar até que o Ministério da Agricultura do Brasil “tome medidas corretivas” que o departamento considere satisfatórias.
O comunicado informa também que, desde março, o Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos dos Estados Unidos (FSIS) inspeciona 100% de todos os produtos de carne que chegam do Brasil. O órgão recusou 11% dos produtos de carne fresca brasileira.

“Esse valor é substancialmente superior à taxa de rejeição de 1% das remessas do resto do mundo. Desde a implementação do aumento da inspeção, o FSIS recusou a entrada para 106 lotes (aproximadamente 1,9 milhões de libras esterlinas) de produtos bovinos brasileiros devido a problemas de saúde pública, condições sanitárias e problemas de saúde animal. É importante notar que nenhum dos lotes rejeitados chegou ao mercado norte-americano”, afirmou o USA em nota.

Segundo o departamento, o governo brasileiro se comprometeu a resolver essas questões, “inclusive pela autosssuspensão de cinco instalações de transporte de carne para os Estados Unidos.”

Na semana passada, o Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as exportações de cinco frigoríficos para os Estados Unidos, depois de autoridades sanitárias americanas identificarem irregularidades provocadas pela reação à vacina de febre aftosa. 

De acordo com técnicos do Ministério da Agricultura, o mecanismo de “autossuspensão” permitiria que as exportações fossem retomadas de forma mais acelerada. Em nota, eles disseram que “trabalham para prestar todos os esclarecimentos e correções no sentido de normalizar a situação”.

O Ministério da Agricultura brasileiro ainda não se manifestou sobre a nova suspensão.
Agência Reuters

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