terça-feira, 23 de maio de 2017

➤BOM DIA!

Informações, comentários e opinião!


Começo pela informação que muitos já devem ter percebido. Dei uma repaginada na capa do machadofilho.com. Aproveitei o sucesso do programa Consumidor em Pauta e, com o auxilo da Ana Helena, editora do blog, troquei a foto. Acho que fica mais leve e acabo juntando o útil ao agradável. Espero, sinceramente, que todos gostem.

O comentário é sobre mais um discurso do ex-presidente Luiz Inácio. Mais uma vez ele berrou, esbravejou, gesticulou furiosamente e se apresentou como candidato em eleições diretas que ele e seu partido, o PT, estão propondo. 

Sabe onde foi o discurso delirante do 'chefe'? Na inauguração de um diretório do PT em São Bernardo do Campo. Aliás, o ídolo dos petistas só fala para os petistas. Ou será que alguém já ouviu ou assistiu, nos últimos tempos, algum discurso dele a não ser em concentração da 'cumpanherada' ou em programa do PT na televisão? E o pior de tudo é que, além dos que estão presentes, tem muita gente que acredita e defende as bravatas do fanfarrão do ABC.

Por falar em Luiz Inácio, ontem ele e seu filho, o Lulinha, foram indiciados em mais um processo. Agora o negócio envolve o sítio de Atibaia, que é dele mas que ele jura que não é. Como tudo que ele tem e diz que não tem, que sabe, mas diz que não sabe, que fez, mas diz que não fez!

A opinião é do Estadão e vem em forma de editorial - A responsabilidade da imprensa -  postado na edição de hoje do Portal Estadão. É um alerta para o uso que os procuradores estão fazendo da imprensa para divulgar acusações que, por si só, acabam se transformando em condenações prévias. É uma leitura que aconselho para o começo de manhã desta terça-feira.

Tenham todos um Bom Dia!
          
A responsabilidade da imprensa


Não é de hoje que os procuradores usam a imprensa para 
disseminar acusações que, uma vez veiculadas, ganham ares de condenação



A tarefa primária da imprensa consiste em fornecer ao leitor informações que lhe permitam formar opinião acerca do mundo em que vive. Da qualidade das informações processadas pelos jornalistas depende, em grande medida, a formação de consensos em torno do que é realmente melhor para o País, muitas vezes a despeito do que querem aqueles que estão no poder ou que lá querem chegar. O jornalismo que, por açodamento, se baseia no que está apenas na superfície e se contenta com o palavrório de autoridades para construir manchetes bombásticas se presta a ser caixa de ressonância de interesses particulares e corporativos, deixando de lado sua missão mais nobre – jogar luz onde os poderosos pretendem que haja sombras.

No dramático episódio das denúncias contra o presidente Michel Temer, feitas pela Procuradoria-Geral da República com base em delação dos empresários Joesley e Wesley Batista, ficou claro, mais uma vez, que o Ministério Público sabe como explorar a ânsia dos jornalistas pela informação de grande impacto.

Não é de hoje que os procuradores usam a imprensa para disseminar acusações que, uma vez veiculadas, ganham ares de condenação. É evidente que a imprensa não pode ignorar denúncias graves emanadas do Ministério Público, ainda mais quando envolvem autoridades de primeiríssimo escalão, mas a história ensina que muitas vezes as acusações não têm fundamento, resultando em danos irreparáveis para os acusados.

Outro sintoma de que a imprensa se deixa levar pela sofreguidão do Ministério Público é que as manchetes e os noticiários estão reproduzindo a própria linguagem dos procuradores e dos delatores, que vêm tratando todo tipo de pagamento de empresários a partidos e políticos como “propina”, quando muitas vezes se trata de mera doação eleitoral. Assim, quase todos os políticos que em algum momento receberam dinheiro de empresas são, por definição, arrolados como corruptos – e então confirma-se a tese do Ministério Público de que o mundo político está podre.

Atribuir as denúncias ao Ministério Público não é o bastante, do ponto de vista ético, para isentar a imprensa de responsabilidade por esses danos, pois são os jornais que decidem dar ou não dar destaque a acusações que ainda carecem de confirmação, especialmente quando o que está em jogo é a estabilidade do País.

No caso específico que envolve Michel Temer, está claro, hoje, que as primeiras manchetes a respeito da delação dos irmãos Batista – segundo as quais o presidente teria dado aval ao pagamento de propina ao deputado cassado Eduardo Cunha para que ele continuasse em silêncio – estavam imprecisas. A interpretação mais danosa a Temer – a de que teria havido “anuência do presidente da República” ao pagamento de suborno a Cunha – foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conforme se lê na avaliação que ele fez do diálogo entre o presidente e Joesley Batista.

Foi essa avaliação que pautou a imprensa. Nenhum jornalista teve acesso às gravações feitas por Joesley senão alguns dias depois. Nesse intervalo de tempo, a pergunta óbvia – é possível confiar cegamente no que diz o Ministério Público? – não foi feita. Tampouco se questionou que objetivos poderiam ter os vazadores do conteúdo de uma delação que deveria estar sob sigilo. Considerou-se que a versão de Janot bastava para incriminar o presidente da República.

Quando a imprensa enfim obteve a íntegra da gravação, os jornalistas puderam constatar que a interpretação de Janot era excessivamente subjetiva. Mas então o estrago político já estava consumado e o maior prejudicado não era Temer, mas o País, que precisava de estabilidade para a recuperação da economia. É um estrago grande e talvez irreversível, em certa medida.

É justamente em momentos tão graves como esses que o País e suas instituições – a imprensa entre elas – devem fazer profundas reflexões sobre a responsabilidade de cada um. Já temos crises em abundância. Não há necessidade de que se fabriquem mais.

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