sexta-feira, 21 de abril de 2017

➤Violência na Venezuela

Fortes distúrbios deixam ao menos 11 mortos em Caracas

Número de óbitos nos últimos dias sobe para 20. ONGs denunciam repressão

Pelo menos 11 pessoas morreram em uma madrugada de fortes distúrbios em Caracas, elevando para 20 o número de óbitos em três semanas de manifestações contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A cidade viveu uma noite de violência, principalmente em bairros populares como El Valle, 23 de Janeiro e Petare (considerada a maior favela da América Latina). Segundo confirmaram ONGs como o Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea), manifestações civis foram reprimidas pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e, em muitos casos, também atuaram os coletivos chavistas (grupos armados que defendem o governo).


Em um comunicado, o Ministério Público confirmou a morte de 11 pessoas e seis feridos "durante os atos de violência em El Valle", a sudoeste da capital venezuelana.

As imagens e vídeos da noite fatídica de Caracas estão circulando nas redes sociais e dirigentes opositores como Henrique Capriles, governador do estado Miranda, denunciaram a repressão. Os confrontos obrigaram até mesmo a evacuar um hospital infantil em El Valle, onde estavam internadas 54 crianças.

De acordo com o governo, o hospital foi atacado por grupos armados financiadas pela oposição, acusação desmentida pelas lideranças opositoras.
No passado, os bairros que foram cenário da violência representavam importantes bases de apoio para o chavismo. Hoje, segundo afirmou a analista política Argelia Rios, os setores populares estão cada vez mais insatisfeitos com o governo Maduro.

“Noite agitada nos setores populares de Caracas. Desmoronou-se definitivamente o mito de que os bairros são territórios revolucionários”, escreveu Argelia, em sua conta no Twitter.
Agência Globo

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