Governo não cede a lobby de servidores e mantém proposta
Em reunião que durou
mais de três horas hoje no Palácio do Jaburu, o presidente Michel
Temer, ministros e líderes do governo decidiram brecar novas alterações no
relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA), já lido na comissão especial na
última quarta-feira. Na reunião de hoje o comando do governo, na presença do
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-PE), se discutiu a possibilidade de flexibilização maior das regras
para os servidores públicos que ingressaram na carreira até 2003, mas se chegou
a conclusão que se governo ceder ao pesado lobby da categoria, as perdas serão
gigantescas e não haverá retorno significativo em termos de votos, já que essas
categorias são fechadas com partidos da oposição, que são contra a reforma da
Previdência.
O ministro da Secretaria
geral, Moreira Franco, disse, após a reunião, que continua valendo o texto
fechado pelo relator Arthur Maia e lido na última quarta-feira. Na reunião, os
técnicos e a equipe econômica refizeram todas as contas e se chegou a conclusão
que se o governo ceder ao pesado lobby dos servidores que ganham altos salários
e o texto do relator não for aprovado, “ a União vai virar um Rio de Janeiro”.
- A proposta fechada preserva os direitos da maioria da
população, que ganha um Salário Mínimo. Ficou acertado que o texto fechado pelo
relator é o que vai continuar valendo. Quem está contra é uma minoria que tem
salários elevados - disse Moreira Franco, garantindo que a reforma deve ser
aprovada ainda no primeiro semestre.
Agência Globo
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