STF decide
soltar Genu, condenado por Moro
Por 3 a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu na tarde desta terça-feira, 25, atender o pedido da defesa
do ex-tesoureiro do Partido Progressista (PP) João Cláudio Genu e revogar a sua
prisão preventiva decretada no âmbito da operação Lava Jato.
Mais cedo, o colegiado já tinha
decidido revogar a prisão domiciliar e, consequentemente, libertar o
pecuarista José Carlos Bumlai, condenado em 2016, em
primeira instância, a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de gestão
fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva.
Em seu voto, o ministro Edson Fachin, relator da Lava
Jato no STF, destacou que Genu foi condenado por corrupção passiva no processo
do mensalão – a pena, no entanto, acabou prescrevendo.
“Não há dúvida de que o plenário deste STF empreendeu
juízo de certeza quanto à culpabilidade do agente (no julgamento do mensalão)”,
destacou Fachin. “Esse episódio não teria dissuadido o paciente da prática de
novos delitos, o que desvela a indispensabilidade do emprego de medida
cautelatória”, concluiu o ministro.
Acompanhou o
relator apenas o ministro Celso de Mello. A favor da liberdade de Genu se
posicionaram os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
“Estamos a julgar a necessidade ou não da manutenção da
prisão preventiva do ora paciente. Se não concedermos essa ordem de habeas
corpus, teremos de fazer o seguinte: mudar o precedente do plenário. Estamos
diante de execução provisória da pena em primeiro grau, o que não é aceito por
esta Corte”, disse Toffoli.
Agência Estado
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