Os pasteis que minha mãe fazia, eram insuperáveis. Desculpem, mas acho que ninguém fez algum igual.
Estou falando neles porque hoje, dia 24 de abril, Dona Célia estaria de aniversário. Minha mãe estaria esperando os filhos com um prato repleto de pasteis que só ela sabia preparar.
Ela até não gostava muito, mas sempre tinha uma cervejinha gelada para que a gente se deliciasse. A combinação era imbatível.
Que saudades da minha mãe. Que saudades da mulher mais valente, da mais lutadora, da mais corajosa que conheci. Ao mesmo tempo, da mais apaixonada, da mais carinhosa, da melhor esposa.
Minha mãe, quando tinha 15 anos, namorou meu pai, casou com ele e viveram felizes por mais de cinquenta anos.
Criaram, com todo o sacrifício do mundo, oito filhos. Minha mãe sempre teve uma palavra de carinho, um afago para o filho que precisasse. E não era diferente com meu pai.
Quando meu pai morreu, Dona Célia assumiu a casa e passou a administrar o que, até ali, tinha sido tarefa exclusiva do Capitão Machado. Até as crises de asma, que acompanharam minha mãe por toda a vida e que acabaram vencendo, foram ficando menos frequentes. Dona Célia precisava ter forças para seguir o trabalho do meu pai.
Só parou quando, tentando superar uma pequena crise de asma, foi vencida por ela. Nos deixou órfãos de amor, de carinho de momentos vividos com paixão.
Minhã mãe passou pela vida como um ser insuperável, como uma pessoa do bem, uma alma de amor.
Hoje, quando mais uma vez acordei pensando nela, senti uma vontade de chorar, mas não consegui resistir ao sorriso de alegria ao lembrar do quanto ela estaria feliz ao receber o abraço dos filhos e de passar o dia preparando os pasteizinhos mais gostosos do mundo.
Um beijo enorme, e Feliz Aniversário, Dona Célia!
Tenham todos um Bom Dia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário