quinta-feira, 2 de março de 2017

➤Campanha de Dilma

Marcelo Odebrecht diz que doou R$ 150 milhões 




Do total, R$ 50 milhões foram contrapartida por MP que beneficiou o grupo.
Executivo confirma reunião com Temer, mas diz não ter tratado de valores.

O empresário Marcelo Odebrecht diz ter doado R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 como caixa dois. Parte desse valor foi contrapartida pela aprovação da medida provisória do Refis, que beneficiou o grupo. O ex-presidente da Odebrecht também confirmou um encontro com Temer para tratar de doações para o PMDB, mas disse não ter discutido valores com o então vice-presidente.

As declarações foram feitas em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (1º), na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. 

Veja os principais pontos das declarações:

- Empresário diz ter pago R$ 150 milhões em caixa 2 à chapa Dilma-Temer em 2014
- Parte do valor foi pago no exterior ao marqueteiro do PT, João Santana, com conhecimento de Dilma

- R$ 50 milhões foram contrapartida por uma medida provisória de 2009 que beneficiou o grupo, num repasse acertado com o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega

- Empresário confirma que se reuniu com Temer para tratar de doações ao PMDB em 2014, mas nega ter tratado de valores com o então vice-presidente

- As campanhas de Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (então no PSB) e Eduardo Campos (PSB) também receberam recursos de caixa 2 da Odebrecht

Em nota, o Palácio do Planalto disse que o depoimento confirma a versão de Temer sobre o encontro, e que os valores repassados ao PMDB foram declarados ao TSE . O PSDB negou recebimento de caixa 2.

Marcelo Odebrecht afirmou que parte dos R$ 150 milhões repassados à chapa Dilma-Temer em 2014 foi paga no exterior a João Santana, marqueteiro do PT, com conhecimento de Dilma.

A Operação Lava Jato havia identificado pagamentos ilegais de cerca de R$ 22,5 milhões da Odebrecht a João Santana e à mulher dele, Mônica Moura, entre outubro de 2014 e maio de 2015. O coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, afirma que esses valores eram parte da propina que deveria ser paga pela empresa ao PT.
Agência Globo


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