Taxas de
juros de crédito pessoal e cheque especial caem em fevereiro
As taxas médias de juros cobradas pelos bancos em
empréstimos pessoais e no cheque especial recuaram em fevereiro, segundo
pesquisa da Fundação Procon.
No caso do emprestimo pessoal, a taxa média dos bancos
pesquisados foi de 6,49% ao mês em fevereiro, depois de chegar a 6,51% ao mês
em janeiro. Reduziram as taxas: Bradesco (de 6,67% para 6,60% ao mês) e Banco
do Brasil (de 5,85% para 5,81% ao mês).
Quanto ao cheque especial, a taxa média dos bancos
pesquisados foi de 13,56% ao mês, abaixo dos 13,60% ao mês observados em
janeiro. Registraram taxas menores: Banco do Brasil (de 13,04% para 12,95% ao
mês); Itaú (de 13,35% para 13,29%) e Bradesco (de 13,55% para 13,49%).
Na última
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em
janeiro, a taxa básica de juros, Selic, foi reduzida em 0,75 ponto percentual
(de 13,75% ao ano para 13% ao ano).
MP investiga fraude
na Linha 4 do Metrô e desvio de pelo menos R$ 47 mi
O Ministério Público Estadual (MPE) investiga um esquema
de fraude e superfaturamento em dois trechos das obras da Linha 4-Amarela do
Metrô de São Paulo que teria desviado ao menos R$ 47,8 milhões. Os promotores
identificaram pagamentos milionários feitos pela estatal paulista ao consórcio
espanhol Corsan Corviam durante meses em que a construção ficou completamente
paralisada, entre 2014 e 2015.
O contrato foi rescindido unilateralmente pelo Metrô em
setembro de 2015, por causa dos sucessivos atrasos na obra. Um novo negócio foi
fechado para concluir a extensão da Linha 4 com mais quatro estações até a Vila
Sônia, zona sul, elevando o custo do empreendimento em 55% e prorrogando o
prazo de entrega para 2019, cinco anos depois do prometido. O Metrô afirma que
todos os pagamentos “foram liberados somente mediante confirmação dos serviços
realizados” e o consórcio nega as irregularidades.
PMs derrubam parte
de muro no Rio para saída de viaturas
Como a entrada principal do 27º Batalhão da Polícia
Militar, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, estava bloqueada por
um grupo de familiares de PMs, agentes do Batalhão derrubaram parte de um muro
para sair com os veículos na manhã desta sexta-feira. A denúncia foi feita por
mulheres que participam do protesto, segundo as quais quatro viaturas saíram
pelo espaço.
“Nós chegamos às 5 horas e desde então nenhum veículo
saiu pela entrada principal. Mas por volta das 6 horas percebemos quatro
viaturas já fora do Batalhão e vimos o buraco por onde elas passaram”, conta
Melina, mulher de um PM. “E teve policial que pulou o muro pra sair para o
trabalho”, completa.
“Contávamos com o 13º e com as gratificações, que
deveriam ter sido pagas no ano passado e até agora nada. Além disso, as
viaturas e os coletes de proteção estão sucateados. Outro dia um policial ficou
sem freio na viatura. Se o governo não tivesse roubado tanto, teria dinheiro
para essas despesas”, afirma a mulher de outro PM, que não quis se identificar.
O buraco no muro tem cerca de 3 metros de largura e,
segundo as mulheres, foi aberta com uma espécie de picareta.
Trump e Dilma agem
de modo igual, dizem ‘Forbes’ e ‘Bloomberg’
Donald Trump está a menos de um mês na Casa Branca
e não sai das manchetes dos jornais de todo o mundo por causa da polêmica
gerada pelas medidas que toma. O estilo agressivo e direto do novo
presidente americano, que não mede as palavras nas coletivas de imprensa ou no Twitter, contrasta com o do
antecessor, Barack Obama, famoso pelos seus
discursos em tom conciliador e pela imagem de político com apoio popular.
Se existe notável diferença para Obama, Trump pode ser
comparado à ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, segundo artigos
publicados nesta semana por colunistas da revista Forbes e da agência de notícias Bloomberg
— ambas publicações voltadas à economia.
Para o jornalista Mac Margolis, que escreve sobre América
Latina na Bloomberg, apesar das diferenças pessoais e da trajetória, a pouca
habilidade política que faz um país se polarizar os aproxima, como também as
propostas econômicas.
O colunista diz que o aumento dos gastos públicos sem
controle, isenções fiscais e protecionismo a setores empresariais
desorganizaram a economia e, mais tarde, levaram ao impeachment de Dilma.
Margolis indica que há semelhança com as posições defendidas por Trump, que
prometeu 1 trilhão de dólares (3,10 trilhões de reais, quase a metade do PIB
brasileiro em 2015) em investimentos em infraestrutura, reduzir impostos e tem
ameaçado aumentar as taxas de importação para montadoras que produzam no exterior para vender
aos Estados Unidos.
STF dá 24
horas para Temer explicar nomeação de Moreira Franco
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal
(STF), deu na noite de quinta-feira 24 horas de prazo para o presidente Michel
Temer se manifestar sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, informou a corte.
A nomeação de Moreira Franco, citado mais de 30 vezes em
vazamentos da delação premiada da construtora Odebrecht na operação Lava Jato,
tem sido alvo de uma batalha de liminares na primeira instância da Justiça
Federal em pelo menos três Estados, e a Advocacia-Geral da União (AGU) tem
buscado derrubar as decisões que suspendem a nomeação sob alegação de desvio de
finalidade.
Com a nomeação para o ministério, Moreira Franco passaria
a ter prerrogativa de foro junto ao Supremo e ficaria fora do alcance do juiz
Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância da
Justiça Federal do Paraná.
Em seu despacho, divulgado depois dos mandados de
segurança impetrados pela Rede e pelo PSOL, Celso de Mello afirma que antes de
tomar uma decisão — os partidos também pedem a suspensão liminar da nomeação —
é necessário ouvir o presidente da República.
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