Temer anuncia intenção de construir presídio federal no RS
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou na manhã desta
segunda-feira, 9, que um dos cinco presídios federais que serão construídos no
País - um por região - deverá ser no Rio Grande do Sul. Temer manifestou essa
intenção ao governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), durante a entrega de
ambulâncias a 340 municípios brasileiros em evento realizado em Esteio, na
região metropolitana de Porto Alegre. Durante o discurso, Temer, criticado por ter qualificado como “acidente pavoroso” o massacre de presos no
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, classificou como
“algo chocante” a superlotação em presídios no País. Temer disse que “lamentavelmente”
a segurança pública está em evidência, tornando “imperiosa” a construção de
novos presídios. Também chamou a atenção ao Plano Nacional de Segurança
apresentado pelo governo após as rebeliões no Norte. “Espero que, em 20 anos,
quem esteja ocupando essa tribuna diga que está construindo apenas escolas, não
presídios”, afirmou Temer.
Onda de frio na
Europa já matou 33 pessoas
A onda de frio que atinge a Europa desde o fim de semana
passado, com temperaturas polares, causou pelo menos 33 mortes, a maioria na
Polônia, mas começa a se atenuar nesta segunda-feira, 9. Esta onda de frio
procedente da Escandinávia provocou muitos acidentes de trânsito, como na
França, onde quatro cidadãos portugueses morreram e outros 20 ficaram feridos
num acidente de ônibus no domingo. Dez pessoas morreram de frio no domingo na
Polônia, onde as temperaturas permaneceram abaixo de -20°C em algumas regiões,
anunciou nesta segunda o Centro de Segurança Nacional (RCB). Outras dez pessoas
já haviam falecido na sexta-feira e no sábado no país. Na República Checa, três
pessoas, incluindo dois moradores de rua, morreram de frio na sexta-feira e no
sábado em Praga, onde as temperaturas caíram para -15°C.
Nordeste enfrenta
maior seca em 100 anos
Uma perversa combinação entre crise econômica e problemas
climáticos tem castigado o Nordeste do Brasil. A região, que nos últimos anos
teve importantes avanços sociais, agora começa a perder parte dessas conquistas
com o enfraquecimento da economia e perda do poder aquisitivo da população. Levantamento
feito pela Tendências Consultoria Integrada mostra que, em 2015 e 2016, o
Produto Interno Bruto (PIB) da região teve recuo médio de 4,3% ao ano – o pior
resultado entre todas as regiões do País. Com o desemprego em alta, a renda
familiar encolheu 2% ao ano e, num efeito cascata, fez as vendas no comércio despencarem
quase 20% nos dois anos. Valdecir João da Silva, de 53 anos, conta os cadáveres
do seu pequeno rebanho que não resistiu à fome, à falta de água e às doenças
causadas pela desnutrição. Em uma área afastada da pequena casa onde vive com a
família, ele juntou 12 animais mortos ao longo dos últimos meses. De alguns,
restam os ossos. De outros, mais recentes, os corpos inchados. “Morreram de
fome”, resume ele, que prefere deixá-los aos urubus a enterrá-los. Ele tenta
salvar os 20 animais que restam com mandacaru, a planta símbolo do Nordeste.
“Ração não dá para comprar, pois está muito cara. O saco de milho que custava
R$ 18 há dois anos hoje sai por R$ 65.”
Meirelles promete
plano de socorro ao estado do Rio até quarta-feira
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (9)
que vai anunciar, na próxima quarta-feira (11), um plano de recuperação fiscal
para o estado do Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo ministro no final
da manhã, após reunião com o governador Luiz Fernando Pezão, no Rio. O plano
finalizado será submetido ao presidente Michel Temer e à presidente do Supremo
Tribunal Federal, Carmem Lúcia, que precisa homologar o acordo. "Vamos trabalhar nisso até quarta-feira, as equipes
vão estar em reunião constante, hoje e amanhã e a ideia é que até o final da
terça-feira (10), em Brasília, o Ministério da Fazenda e o governo do Rio
definam o escopo do plano para ser apresentado a partir de quarta ao presidente
da República, para, se aprovado, ser homologado pelo STF", afirmou
Meirelles. Segundo ele, o plano objetiva resolver de maneira
definitiva o problema fiscal do Rio, que perdeu com a queda de receitas
oriundas do petróleo, e tem por base medidas de austeridade já apresentadas
pelo governo do estado. Entre elas, o aumento da contribuição previdenciária
dos servidores, rejeitadas pela Assembleia Legislativa do Rio, que também
precisará aprovar a proposta do Ministério da Fazenda.
‘QG’ da Lava Jato
reúne mais de 30 milhões de arquivos
Um acervo criminal e histórico de mais de 30 milhões de
documentos, guardados em uma sala sem janelas com acesso controlado e
monitorado 24 horas por câmeras na Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba, forma o banco de dados da Operação Lava Jato. A delação da Odebrecht,
que deve ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre fevereiro e
março, vai mais do que duplicar as investigações. É o maior acervo de provas já
produzido pela Polícia Federal em uma investigação contra a corrupção no
Brasil. Às vésperas de completar três anos, em março, a Lava Jato teve 36 fases
deflagradas, cumpriu 730 mandados de busca e apreensão até aqui e acumulou um
total de 1.434 procedimentos instaurados. No terceiro andar da Superintendência
em Curitiba, o centro nervoso da Lava Jato ocupa quatro salas interligadas por
portas internas que formam um labirinto circular. A primeira sala guarda HDs
com cópias de segurança dos arquivos digitalizados. Nas prateleiras estão
pastas de inquéritos, relatórios, apensos e análises dos mais de 400 inquéritos
e procedimentos criminais já abertos pelos delegados. Na segunda e na quarta
salas trabalham equipes de analistas que passam o dia abrindo arquivos
apreendidos em buscas, triando dados de relevância para as apurações e
produzindo relatórios de análise – um grupo restrito de cerca de 20
investigadores. Cada equipe tem um chefe e está vinculada a um delegado da Lava
Jato. Todo o material é digitalizado, indexado e colocado em uma plataforma
acessível para permitir buscas em todo o acervo do caso por meio de
palavras-chave, uma espécie de Google interno da Lava Jato. O sistema usa
programa desenvolvido por um perito da Polícia Federal de São Paulo.
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