segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

➤RAPIDINHAS



Temer anuncia intenção de construir presídio federal no RS
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou na manhã desta segunda-feira, 9, que um dos cinco presídios federais que serão construídos no País - um por região - deverá ser no Rio Grande do Sul. Temer manifestou essa intenção ao governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), durante a entrega de ambulâncias a 340 municípios brasileiros em evento realizado em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. Durante o discurso, Temer, criticado por ter qualificado como “acidente pavoroso” o massacre de presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, classificou como “algo chocante” a superlotação em presídios no País. Temer disse que “lamentavelmente” a segurança pública está em evidência, tornando “imperiosa” a construção de novos presídios. Também chamou a atenção ao Plano Nacional de Segurança apresentado pelo governo após as rebeliões no Norte. “Espero que, em 20 anos, quem esteja ocupando essa tribuna diga que está construindo apenas escolas, não presídios”, afirmou Temer.

Onda de frio na Europa já matou 33 pessoas
A onda de frio que atinge a Europa desde o fim de semana passado, com temperaturas polares, causou pelo menos 33 mortes, a maioria na Polônia, mas começa a se atenuar nesta segunda-feira, 9. Esta onda de frio procedente da Escandinávia provocou muitos acidentes de trânsito, como na França, onde quatro cidadãos portugueses morreram e outros 20 ficaram feridos num acidente de ônibus no domingo. Dez pessoas morreram de frio no domingo na Polônia, onde as temperaturas permaneceram abaixo de -20°C em algumas regiões, anunciou nesta segunda o Centro de Segurança Nacional (RCB). Outras dez pessoas já haviam falecido na sexta-feira e no sábado no país. Na República Checa, três pessoas, incluindo dois moradores de rua, morreram de frio na sexta-feira e no sábado em Praga, onde as temperaturas caíram para -15°C.

Nordeste enfrenta maior seca em 100 anos
Uma perversa combinação entre crise econômica e problemas climáticos tem castigado o Nordeste do Brasil. A região, que nos últimos anos teve importantes avanços sociais, agora começa a perder parte dessas conquistas com o enfraquecimento da economia e perda do poder aquisitivo da população. Levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada mostra que, em 2015 e 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) da região teve recuo médio de 4,3% ao ano – o pior resultado entre todas as regiões do País. Com o desemprego em alta, a renda familiar encolheu 2% ao ano e, num efeito cascata, fez as vendas no comércio despencarem quase 20% nos dois anos. Valdecir João da Silva, de 53 anos, conta os cadáveres do seu pequeno rebanho que não resistiu à fome, à falta de água e às doenças causadas pela desnutrição. Em uma área afastada da pequena casa onde vive com a família, ele juntou 12 animais mortos ao longo dos últimos meses. De alguns, restam os ossos. De outros, mais recentes, os corpos inchados. “Morreram de fome”, resume ele, que prefere deixá-los aos urubus a enterrá-los. Ele tenta salvar os 20 animais que restam com mandacaru, a planta símbolo do Nordeste. “Ração não dá para comprar, pois está muito cara. O saco de milho que custava R$ 18 há dois anos hoje sai por R$ 65.”

Meirelles promete plano de socorro ao estado do Rio até quarta-feira
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (9) que vai anunciar, na próxima quarta-feira (11), um plano de recuperação fiscal para o estado do Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo ministro no final da manhã, após reunião com o governador Luiz Fernando Pezão, no Rio. O plano finalizado será submetido ao presidente Michel Temer e à presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, que precisa homologar o acordo. "Vamos trabalhar nisso até quarta-feira, as equipes vão estar em reunião constante, hoje e amanhã e a ideia é que até o final da terça-feira (10), em Brasília, o Ministério da Fazenda e o governo do Rio definam o escopo do plano para ser apresentado a partir de quarta ao presidente da República, para, se aprovado, ser homologado pelo STF", afirmou Meirelles. Segundo ele, o plano objetiva resolver de maneira definitiva o problema fiscal do Rio, que perdeu com a queda de receitas oriundas do petróleo, e tem por base medidas de austeridade já apresentadas pelo governo do estado. Entre elas, o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, rejeitadas pela Assembleia Legislativa do Rio, que também precisará aprovar a proposta do Ministério da Fazenda.

‘QG’ da Lava Jato reúne mais de 30 milhões de arquivos
Um acervo criminal e histórico de mais de 30 milhões de documentos, guardados em uma sala sem janelas com acesso controlado e monitorado 24 horas por câmeras na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, forma o banco de dados da Operação Lava Jato. A delação da Odebrecht, que deve ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre fevereiro e março, vai mais do que duplicar as investigações. É o maior acervo de provas já produzido pela Polícia Federal em uma investigação contra a corrupção no Brasil. Às vésperas de completar três anos, em março, a Lava Jato teve 36 fases deflagradas, cumpriu 730 mandados de busca e apreensão até aqui e acumulou um total de 1.434 procedimentos instaurados. No terceiro andar da Superintendência em Curitiba, o centro nervoso da Lava Jato ocupa quatro salas interligadas por portas internas que formam um labirinto circular. A primeira sala guarda HDs com cópias de segurança dos arquivos digitalizados. Nas prateleiras estão pastas de inquéritos, relatórios, apensos e análises dos mais de 400 inquéritos e procedimentos criminais já abertos pelos delegados. Na segunda e na quarta salas trabalham equipes de analistas que passam o dia abrindo arquivos apreendidos em buscas, triando dados de relevância para as apurações e produzindo relatórios de análise – um grupo restrito de cerca de 20 investigadores. Cada equipe tem um chefe e está vinculada a um delegado da Lava Jato. Todo o material é digitalizado, indexado e colocado em uma plataforma acessível para permitir buscas em todo o acervo do caso por meio de palavras-chave, uma espécie de Google interno da Lava Jato. O sistema usa programa desenvolvido por um perito da Polícia Federal de São Paulo.

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