quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

➤RAPIDINHAS



Custo da cesta básica sobe em todas as capitais em 2016
O custo da cesta básica, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu em todas as capitais brasileiras em 2016, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 4. A maior alta foi em Rio Branco (23,63%), seguida de Maceió (20,69%) e Belém (16,70%). Já as elevações menos acentuadas foram em Recife (4,23%), Curitiba (4,61%) e São Paulo (4,96%). Na passagem de novembro para dezembro, o valor da cesta diminuiu em 25 cidades e subiu em duas. As quedas mais expressivas foram registradas em Aracaju (-5,11%), Campo Grande (-4,16%) e São Luís (-4,13%). As altas foram anotadas em Manaus (0,22%) e Rio Branco (0,97%). O maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 459,02) e o menor em Recife (R$ 347,96).

Caixa prevê economizar R$ 1,5 bi por ano com plano de demissão voluntária
A Caixa Econômica Federal prevê poder economizar até R$ 1,5 bilhão por ano, a partir de 2018, com o plano de demissão voluntária (PDV) desenhado para este ano. A ideia do banco estatal é conseguir o desligamento de 10 mil funcionários, ou quase 10% do total de empregados atual. O banco ainda negocia com a União, sua controladora, os detalhes do plano. Para incentivar a adesão, a Caixa deve pagar 10 salários extras e garantir o plano de saúde por um tempo que ainda está em discussão – neste período, se o funcionário reunir condições de se aposentar, o plano de saúde fica pelo resto da vida. O PDV será oferecido a todos os funcionários, e não apenas aos que já puderem se aposentar. No último ano, a Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil para 97 mil. No acumulado de janeiro a dezembro de 2016, o banco gastou R$ 15,6 bilhões com pessoal, ante R$ 14,3 bilhões do mesmo período de 2015, crescimento de 9,2%. O impacto maior no gasto foi com o aumento do salário dos funcionários, definido em convenção coletiva.

Governo do Amazonas sabia de risco de fuga em presídio, diz ministro
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta quarta-feira (4) que autoridades do Amazonas sabiam da possibilidade de fugas entre o Natal e Ano Novo, antes da rebelião que levou à morte de 56 pessoas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, entre domingo (1º) e segunda (2). Ao menos duas centenas de prisioneiros fugiram, também segundo o ministro. O risco de fuga foi detectado, segundo Moraes, pelo próprio serviço de inteligência da Secretaria de Segurança do Amazonas, mas não foi comunicado ao governo federal. Com a informação, disse o ministro, o governo amazonense teria reforçado a segurança nos presídios, o que não foi suficiente para evitar a tragédia. "Há relatos do setor de inteligência da secretaria de segurança pública do estado do Amazonas de que poderia haver essa fuga, que efetivamente acabou ocorrendo, foram mais de duas centenas de presos que fugiram", relatou o ministro após reunião em Brasília com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. “O governo federal em momento algum foi informado nem solicitado nenhum auxílio, seja da Força Nacional, seja de qualquer outro mecanismo que o governo federal pudesse ter auxiliado”

Famílias dizem que agentes recebiam para liberar armas em cadeias do AM
Familiares de presos denunciaram ao G1 que entrada de armas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foi possível por meio de subornos feitos a agentes penitenciários. Mulheres de diferentes famílias afirmam já terem feito pagamentos de até R$ 1 mil para agentes liberarem a entrada de visitantes com armas, drogas e celulares. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a responsabilidade pelas revistas na unidade é da empresa Umanizzare. A terceirizada não quis se pronunciar sobre o caso. Uma mulher disse que estava dentro da cadeia quando os tiros começaram a ser escutados no domingo (1º). "Eu estava na fila para sair quando começaram a atirar, aí mandaram a gente sair e bloquearam nossa passagem. O meu marido foi um dos que foram decapitados. Eu reconheci em um vídeo que estavam chutando a cabeça dele. Desde lá, não consigo mais dormir", contou a autônoma, que não quis ser identificada. Ela afirma que o marido, que cumpria pena por roubo, foi um dos beneficiados com recebimento de arma. "Os auxiliares cobram R$ 200 para entrar com celular ou droga e R$ 1 mil para entrar com arma. Essa história de que tudo entrou por um buraco é mentira e o diretor daqui sabia de tudo o que acontecia", delata. A dona de casa Gecir de Souza, de 56 anos, é mãe de um dos presos do pavilhão dois e também falou sobre as facilitações feitas por alguns agentes. "Os meninos sabem quem são os auxiliares que pegam a grana. Sei de muita gente que pagava para entrar com celular roubado na rua. Essa matança não teria acontecido se os agentes e os familiares não levassem essas coisas lá para dentro. Para mim, eles mataram tanto quanto os presos", critica.

Governo argentino analisa reduzir maioridade penal para 14 anos
O governo da Argentina está estudando reduzir a maioridade penal de 16 para 14 anos, dentro de uma reforma do regime penal juvenil, informaram nesta quarta-feira (4) à agência EFE fontes oficiais. Durante os próximos meses, o ministro da Justiça argentino, Germán Garavano, promoverá o debate para reformar as leis atualmente vigentes, com a redução da maioridade penal como um dos temas a serem discutidos, tanto com especialistas como em nível político, segundo detalharam fontes do Ministério da Justiça argentino. “Nós já começamos a trabalhar durante o ano passado junto com o Unicef, especialistas e juízes de todo o país em uma abordagem do regime penal juvenil. É uma lei elaborada na ditadura que devemos modificar, uma lei basicamente paternalista", argumentou nesta quarta-feira (4) Garavano em declarações à emissora pública "Radio Nacional". De acordo com o ministro, o objetivo é analisar "como o Estado pode dar respostas antecipadas", sem esperar que os jovens cometam "crimes graves ou muito graves", para fazer um uso mais "inteligente" dos recursos, colocando o foco na "prevenção".

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