Custo da cesta básica sobe em todas as capitais em 2016
O custo da cesta básica, medido pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu em todas
as capitais brasileiras em 2016, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira,
4. A maior alta foi em Rio Branco (23,63%), seguida de Maceió (20,69%) e Belém
(16,70%). Já as elevações menos acentuadas foram em Recife (4,23%), Curitiba
(4,61%) e São Paulo (4,96%). Na passagem de novembro para dezembro, o valor da
cesta diminuiu em 25 cidades e subiu em duas. As quedas mais expressivas foram
registradas em Aracaju (-5,11%), Campo Grande (-4,16%) e São Luís (-4,13%). As
altas foram anotadas em Manaus (0,22%) e Rio Branco (0,97%). O maior custo do
conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 459,02) e
o menor em Recife (R$ 347,96).
Caixa prevê
economizar R$ 1,5 bi por ano com plano de demissão voluntária
A Caixa Econômica Federal prevê poder economizar até R$
1,5 bilhão por ano, a partir de 2018, com o plano de demissão voluntária (PDV)
desenhado para este ano. A ideia do banco estatal é conseguir o desligamento de
10 mil funcionários, ou quase 10% do total de empregados atual. O banco ainda
negocia com a União, sua controladora, os detalhes do plano. Para incentivar a
adesão, a Caixa deve pagar 10 salários extras e garantir o plano de saúde por
um tempo que ainda está em discussão – neste período, se o funcionário reunir
condições de se aposentar, o plano de saúde fica pelo resto da vida. O PDV será
oferecido a todos os funcionários, e não apenas aos que já puderem se
aposentar. No último ano, a Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil
para 97 mil. No acumulado de janeiro a dezembro de 2016, o banco gastou R$ 15,6
bilhões com pessoal, ante R$ 14,3 bilhões do mesmo período de 2015, crescimento
de 9,2%. O impacto maior no gasto foi com o aumento do salário dos
funcionários, definido em convenção coletiva.
Governo do Amazonas
sabia de risco de fuga em presídio, diz ministro
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta
quarta-feira (4) que autoridades do Amazonas sabiam da possibilidade de fugas
entre o Natal e Ano Novo, antes da rebelião que levou à morte de 56 pessoas no
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, entre domingo (1º) e segunda (2). Ao menos
duas centenas de prisioneiros fugiram, também segundo o ministro. O risco de
fuga foi detectado, segundo Moraes, pelo próprio serviço de inteligência da
Secretaria de Segurança do Amazonas, mas não foi comunicado ao governo federal.
Com a informação, disse o ministro, o governo amazonense teria reforçado a segurança
nos presídios, o que não foi suficiente para evitar a tragédia. "Há
relatos do setor de inteligência da secretaria de segurança pública do estado
do Amazonas de que poderia haver essa fuga, que efetivamente acabou ocorrendo,
foram mais de duas centenas de presos que fugiram", relatou o ministro
após reunião em Brasília com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Cármen Lúcia. “O governo federal em momento algum foi informado nem solicitado
nenhum auxílio, seja da Força Nacional, seja de qualquer outro mecanismo que o
governo federal pudesse ter auxiliado”
Famílias dizem que
agentes recebiam para liberar armas em cadeias do AM
Familiares de presos denunciaram ao G1 que
entrada de armas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus,
foi possível por meio de subornos feitos a agentes penitenciários. Mulheres de
diferentes famílias afirmam já terem feito pagamentos de até R$ 1 mil para
agentes liberarem a entrada de visitantes com armas, drogas e celulares.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a responsabilidade
pelas revistas na unidade é da empresa Umanizzare. A terceirizada não quis se
pronunciar sobre o caso. Uma mulher disse que estava dentro da cadeia quando os
tiros começaram a ser escutados no domingo (1º). "Eu estava na fila para
sair quando começaram a atirar, aí mandaram a gente sair e bloquearam nossa
passagem. O meu marido foi um dos que foram decapitados. Eu reconheci em um
vídeo que estavam chutando a cabeça dele. Desde lá, não consigo mais
dormir", contou a autônoma, que não quis ser identificada. Ela afirma que
o marido, que cumpria pena por roubo, foi um dos beneficiados com recebimento
de arma. "Os auxiliares cobram R$ 200 para entrar com celular ou droga e
R$ 1 mil para entrar com arma. Essa história de que tudo entrou por um buraco é
mentira e o diretor daqui sabia de tudo o que acontecia", delata. A dona de casa Gecir de Souza, de 56 anos, é mãe de um dos presos do pavilhão
dois e também falou sobre as facilitações feitas por alguns agentes. "Os
meninos sabem quem são os auxiliares que pegam a grana. Sei de muita gente que
pagava para entrar com celular roubado na rua. Essa matança não teria acontecido
se os agentes e os familiares não levassem essas coisas lá para dentro. Para
mim, eles mataram tanto quanto os presos", critica.
Governo argentino analisa reduzir maioridade
penal para 14 anos
O governo da Argentina está estudando reduzir a
maioridade penal de 16 para 14 anos, dentro de uma reforma do regime penal
juvenil, informaram nesta quarta-feira (4) à agência EFE fontes oficiais. Durante
os próximos meses, o ministro da Justiça argentino, Germán Garavano, promoverá
o debate para reformar as leis atualmente vigentes, com a redução da maioridade
penal como um dos temas a serem discutidos, tanto com especialistas como em
nível político, segundo detalharam fontes do Ministério da Justiça argentino. “Nós
já começamos a trabalhar durante o ano passado junto com o Unicef,
especialistas e juízes de todo o país em uma abordagem do regime penal juvenil.
É uma lei elaborada na ditadura que devemos modificar, uma lei basicamente
paternalista", argumentou nesta quarta-feira (4) Garavano em declarações à
emissora pública "Radio Nacional". De acordo com o ministro, o
objetivo é analisar "como o Estado pode dar respostas antecipadas",
sem esperar que os jovens cometam "crimes graves ou muito graves",
para fazer um uso mais "inteligente" dos recursos, colocando o foco
na "prevenção".
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