Guerra de facções deixa 33 mortos
Mortes ocorreram na madrugada desta sexta no maior presídio
do estado
Logo após o massacre no complexo penitenciário Anísio
Jobim do Amazonas, a capital de Roraima, Boa Vista, registra 33 mortos na
Penitenciária Agrícola de Boa Vista (Pamc). A maioria das vítimas foi
decapitada, teve o coração arrancado ou foi desmembrada. Os corpos foram
jogados em um corredor que dá acesso as alas.
O número de mortos foi confirmado pela Secretaria de
Justiça e Cidadania (Sejuc) em nota, que informou que Agentes do Bope (Batalhão
de Operações especiais da Polícia Militar) estão no local para conter a
situação.
Em entrevista a uma rádio local, o secretário de Justiça
e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro Júnior, disse acreditar que os crimes
tenham sido cometidos por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele
falou também que tem um projeto para abrir mais de mil vagas neste ano no
sistema prisional.
Este é o terceiro maior massacre em presídios, em número
de mortes, na história do Brasil, atrás apenas do ocorrido no Carandiru, em São
Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos e de Manaus onde foram mortos 60
presos esta semana.
Os detentos quebraram os cadeados e invadiram a Ala 5,
cozinha e cadeião onde ficavam os presos de menor periculosidade. De acordo com
informações de agentes penitenciários, não houve fugas.
Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais
(Bope) e agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Tática (GIT) entraram
na unidade, que hoje abriga 1.200 presos, o dobro da capacidade.
Na manhã desta sexta-feira, equipes do Instituto Médico
Legal (IML) foram à penitenciária para fazer a remoção dos corpos.
Agência Estado
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