A CUT não serve para nada
Ontem (17) no final da tarde, começou uma movimentação,
batidas de tambor, carro de som e pessoas se aglomerando ao lado do Largo
Glenio Peres. Logo foi instalado uma espécie de palanque onde foram colocadas
algumas faixas, a maioria de representantes da CUT que comandava a
manifestação. Uma faixa vermelha com letras brancas, pedia Volta Dilma. O grupo
se estendia até a esquina democrática onde carros de som serviam de palco para um
grupo, provavelmente de alguma escola de samba, animava a festa. Mais imensos
balões da CUT e pessoas com jalecos da entidade. Alguém estava pagando a festa, só não se sabe quem. Ou se sabe?
Não preciso nem falar que as pessoas que deixavam o
trabalho pensando em chegar logo em casa para um merecido descanso, depois de
um dia de serviços, estavam prejudicadas pela movimentação do grupo que,
inclusive, impedia o acesso aos veículos de transporte. O protesto era deles,
mas quem pagou o pato, como sempre, foi quem não estava nem aí para o
movimento.
Então fiquei pensando: quem não concorda com o governo do
presidente Temer, que para eles é golpista, não pode negar que muita coisa vem
mudando, para melhor ou para pior, no entendimento de alguns. A inflação está
caindo, o PIB está reagindo e já se tem uma certa esperança chegando devagar.
Pode não estar bem, mas temos que esperar para ver.
Quem está pedindo a volta da presidente Dilma, afastada do
poder depois de um processo de impeachment, certamente está satisfeito ou com
saudades da inflação de dois dígitos, do PIB bem lá no fundo do buraco, do
descontrole total dos gastos das verbas públicas, da imensa corrupção que tomou
conta do Brasil e das falsas promessas alardeadas através de programas ditos
sociais que nunca passaram de movimentos eleitoreiros. Depois de 14 anos, acho
que cansamos de esperar.
Já no lotação que me levaria para casa, ouvi o largador
ordenar ao motorista: “sai logo pois eles subirão a Borges e não vais mais
conseguir sair”. Mais uma vez lembrei do direito da maioria esmagado pela
vontade da minoria. Os sindicalistas que ocupavam a avenida principal de Porto
Alegre, não tinham qualquer preocupação com os trabalhadores que queriam
somente voltar para casa.
Uma nova reflexão enquanto o lotação seguia, me lembrou
do movimento que já começa a tomar corpo para que o governo não contribua mais
com verbas públicas nem obrigue quem trabalha a uma contribuição sindical que
serve, tão somente, para que sindicalistas façam política partidária e preguem
o desrespeito às instituições. Que os sindicatos e seus dirigentes se auto
sustentem, sem que o trabalhador, que não usufruiu de nenhum benefício por
parte dos sindicatos, seja obrigado a pagar um dia de salário para que muitos
se locupletem e organizem protestos como o de ontem.
Está na hora do governo rever a questão dos sindicatos
onde dirigentes, normalmente pagos por nós através de impostos, se tornem
profissionais de protestos e agressões aos governos legitimamente eleitos.
Sindicato, foi o que aprendi, é para defender categorias na hora dos dissídios,
na hora de lutar por direitos, não para organizar passeatas e caminhadas contra
quem, de alguma forma, lhes sustenta.
Depois de ontem, apenas confirmei o que já sabemos faz
muito tempo, ou seja, a CUT é uma entidade política que só se manifesta quando
o governo não é do PT. Não serve pra mais nada.
Ah! tem também o MST que depois de quatorze anos de governos petistas, segue sem terra e ocupando estradas, instituições e praticando vandalismo, quando o governo não é do partido que defendem ou, o que é pior, apoiado por ele. Mas esta e outras entidades (?), é assunto para outro comentário.
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