Jogadores do
Atlético Nacional querem que Chapecoense seja declarada campeã
O elenco do Atlético Nacional quer que a Conmebol dê o
título de campeã da Copa Sul-Americana para a Chapecoense, em função da
tragédia que derrubou o avião do clube catarinense, nos arredores de Medellín,
na Colômbia. O acidente deixou ao menos 70 mortos. Assim como os atletas, o
clube colombiano também se posicionou favorável a medida, através de uma nota
oficial. "Queremos que se declare campeã a esta equipe (Chapecoense) e aí
vamos ver o que acontece. A iniciativa é nossa e do mundo do futebol. Espero
que a Conmebol tome essa decisão e queremos apoiar aos familiares, que possamos
dar um abraço neles. É o que podemos fazer", disse o lateral direito
Gilberto Garcia, a veículos locais.
'Juiz sem
independência não é juiz, é carimbador de despachos', diz Cármen Lúcia
Enquanto o Senado Federal discute um projeto que modifica
a lei de abuso de autoridade, a ser votado no dia 6 de dezembro, e a
Câmara cogita punir juízes e procuradores por crime de responsabilidade,
a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia,
criticou nesta terça-feira, 29, as tentativas de "criminalizar o agir do
juiz brasileiro" e afirmou que toda ditadura "começa rasgando a
Constituição". "Juiz sem independência não é juiz. É carimbador de
despachos segundo interesses particulares e não garante direitos
fundamentais segundo a legislação vigente", disse Cármen, durante a sessão
extraordinária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que também preside.
Polícia Federal
apreende 7 veículos e R$ 300 mil na operação Reis do Gado
A Polícia Federal divulgou que R$ 300 mil e sete veículos
foram apreendidos, além de grande quantidade de documentos, durante a operação
Reis do Gado, iniciada nesta segunda-feira (28) em quatro estados. A PF
investiga corrupção e lavagem de dinheiro público no Tocantins entre os anos de
2005 e 2012. Pelo menos R$ 200 milhões foram lavados neste período. O
governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é um dos
investigados e prestou depoimento por quatro horas. Dos 108 mandados
expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apenas um de prisão
temporária ainda não foi cumprido. O suspeito é considerado foragido. A polícia
não divulgou o nome, mas disse que já existem tratativas com o advogado dele
para apresentação.
Cubanos e Fidel: a
indiferença com um personagem já esquecido
Os habitantes e turistas de Havana escutaram uma salva de
canhão às 9h da manhã desta segunda-feira. “Estão caindo bombas!”, brincou uma
grávida com vestido de oncinha. “Proibiram a música e agora temos de ouvir
essas coisas”, disse a funcionária de um restaurante. A salva de canhão foi a
primeira ação para lembrar o ditador Fidel Castro desde sua morte, na noite da
sexta-feira. Durante dois dias, os cubanos não expressaram qualquer sentimento
pela morte do comandante da Revolução Cubana. Foi um final de semana como outro
qualquer. Nas conversas, eles sequer se indagavam sobre qual seria a causa da
morte do ditador. Pelas ruas de Havana, há cerca de meia dúzia de cartazes
pequenos com a foto de Fidel com um fundo preto, mas eles estão restritos aos
prédios públicos, como o Museu da Revolução. Ninguém usa camisetas com o rosto
de Fidel, lenços vermelhos ou qualquer outra coisa que lembre o morto ou sua
ideologia.
Para Planalto, Cunha
faz chantagem e busca delação
No Palácio do Planalto, a leitura política sobre as
perguntas da defesa de Eduardo Cunha a Michel Temer foi a de que o ex-presidente
da Câmara fez insinuações a respeito da conduta do presidente a fim de se
posicionar publicamente para tentar negociar uma delação premiada com a
Procuradoria Geral da República. Nas perguntas apresentadas no processo contra
Cunha que tramita sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, o peemedebista insinua
que conhece segredos de Temer. Além de ser ouvido na qualidade de testemunha,
Temer não pode ser investigado por Moro, porque presidente tem foro
privilegiado. De acordo com a Constituição, só o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, poderia pedir a abertura de uma investigação contra o presidente
da República. E esse eventual inquérito ou processo deve tramitar no Supremo
Tribunal Federal. Cunha e sua defesa sabiam disso. Na avaliação do governo, Cunha
e sua defesa tinham ciência de que algumas perguntas seriam barradas por Moro
por força legal, mas estavam interessados no estrago político ao torná-las
públicas. Chantagem sempre foi uma arma política de Eduardo Cunha.➤