Fux diz que suspensão de pacote anticorrupção não é motivo para crise
O ministro Luiz Fux afirmou nesta quinta-feira (15) não
ver motivo para uma nova crise entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o
Congresso por causa de sua decisão de mandar voltar à estaca zero a tramitação
na Câmara do pacote de medidas anticorrupção. Nesta quarta, Fux determinou que
o Senado envie de volta à Câmara a proposta originalmente formulada pelo
Ministério Público com dez medidas de combate à corrupção. Com a decisão, todas
as mudanças aprovadas pelos deputados serão anuladas e o texto inicial deverá
passar por nova votação no plenário. A decisão foi tomada na análise de uma
ação apresentada no início do mês pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSC-SP) que buscava anular as mudanças feitas na Câmara, que, dentro do
projeto, ampliaram as punições e juízes e procuradores por abuso de autoridade.
"Eu não vejo como possa criar crise, na medida em que a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o Judiciário pode
interferir a pedido do parlamentar, toda vez que ele promova uma ação
demonstrando que o processo legislativo não está correto”, afirmou.
Em carta, Janot
defende Lava Jato e vê reação 'desproporcional' contra MP
O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou
uma carta aos integrantes do Ministério Público na qual defendeu o
prosseguimento da Operação Lava Jato e avaliou que há uma reação
"desproporcional" aos trabalhos de investigação que, para ele,
"contrariam fortes interesses". No documento, Janot acrescenta, sem
fazer menções diretas a algum fato ou a alguém, que "muitas forças se
levantam" contra o MP. Para ele, as "ameaças de retaliação e o
revanchismo" não podem desviar os procuradores dos trabalhos de
investigação. "A Lava Jato é fato que se impõe a todos. Prosseguir é, sobretudo,
um dever institucional. Exercer o munus de conduzir uma investigação de combate
à corrupção de tamanha magnitude requer serenidade, profissionalismo e, acima
de tudo, resiliência", diz Janot na carta.
CVM condena
Pizzolato por desvio de recursos no BB
Em um julgamento de pouco mais de meia hora, a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) condenou Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing
do Banco do Brasil, a pagar a multa máxima aplicável, de R$ 500 mil, por
irregularidades no repasse de recursos referentes a ações de marketing do Fundo
Visanet à agência de publicidade, como a DNA Propaganda, de Marcos Valério,
apontado como principal operador do esquema do mensalão. Além dele, a CVM ainda
penalizou outros dois ex-diretores de varejo do banco - Fernando Barbosa de
Oliveira, que deverá pagar multa de R$ 250 mil, e Paulo Bonzanini, que não
pagará multa, mas recebeu advertência. Pela visão da autarquia, eles agiram sem
a diligência exigida, diante dos alertas de que os procedimentos para aprovação
da antecipação de pagamentos a agências de publicidade e de controle da
aplicação dos recursos em ações de marketing eram falhos.
Na PB, grupo joga
esterco em Câmara de Vereadores após reajuste de 26%
Um grupo de pelo menos oito pessoas jogou esterco no hall
da Câmara de Vereadores de Campina Grande, no Agreste paraibano, na manhã
desta quinta-feira (15). O esterco foi espalhado também pela rampa de acesso ao
prédio e fez parte de um protesto contra um reajuste
de 26% e 13º salário aprovados na quarta-feira (14) pelos Vereadores para os
próprios subsídios, a partir de janeiro de 2017. Segundo os
manifestantes, foram usados 100 kg de esterco no protesto. O grupo entrou nas
galerias do prédio e houve discussão com o presidente da Câmara. A polícia
acompanhou o protesto. O presidente da Câmara, o vereador Pimentel Filho
(PSD) disse que vai acionar a Justiça. “Depredar patrimônio público é crime,
vou entrar com uma queixa crime sobre isso”, disse, defendendo que “o cidadão
tem que responder pelos seus atos”. Um dos participantes do protesto, Luis
Felipe Nunes, reclama da atitude dos vereadores. “Eles ganham mais de dez vezes
o que ganha um trabalhador, eles precisam respeitar o voto que receberam na
rua”, justifica.
PF apreendeu R$ 53
mil em ‘envelopes brancos’ no apartamento de Sérgio Cabral
A Polícia Federal achou ‘envelopes brancos’ contendo o
valor total de R$ 53.05 mil em dinheiro vivo no apartamento do
casal Sérgio Cabral (PMDB) e Adriana Ancelmo, no Leblon. O dinheiro estava
separado em notas de R$ 50 e de R$ 100. Cabral e Adriana foram capturados na
Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que imputa ao ex-governador
mesadas de até R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e
Carioca Engenharia. Os envelopes foram apreendidos no local identificado como
‘escritório/quartos’, durante busca e prisão da mulher do ex-governador do Rio,
em 6 de dezembro. Segundo a PF, o deputado federal Marco Antônio Cabral
(PMDB-RJ), filho de Sérgio Cabral e enteado de Adriana, acompanhou as buscas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário