Protesto sem vandalismo, não é protesto?
Foto: Correio do Povo/Reprodução |
Busquei no Portal do Correio do Povo, a foto que marca
muito bem o que aconteceu durante a tarde de ontem em frente ao prédio da
Assembleia Legislativa, mais precisamente na Praça da Matriz. Muitas outras
identificariam, como esta, o que foi o chamado confronto entre a Brigada
Militar e os manifestantes (?) que, sob o argumento de protestarem contra o
pacote de medidas encaminhadas pelo governador José Ivo Sartori, entre outras
coisas extinguindo fundações, companhias
e aglutinando secretarias, voltaram a quebrar tudo o que viam pela frente.
Não vou entrar no mérito do pacote de medidas. O mesmo
foi debatido durante muitas e muitas horas por deputados, alguns alinhados ao
governo, outros contra. Por sinal, a oposição fez de tudo para jogar para a
plateia tentando impedir a votação. Pedidos de contagem de presenças, repetição
das mesmas palavras de ordem, fizeram com que poucas medidas fossem votadas na
sessão de ontem.
Abro um parêntese para comentar o quanto os
representantes de uma escancarada minoria, participam, ombro a ombro, com
bancadas de muito maior número. Existem bancadas de um ou dois, no máximo,
deputados na Assembleia Legislativa. São os que mais gritam. É a chamada
democracia que, por exemplo, não existe em Cuba, na Venezuela, na Bolívia, na
Coreia, países comandados por ditadores que eles defendem com unhas e dentes.
Voltando ao pacote, ou a votação dele, fico com o que
aconteceu, mais uma vez, na Praça da Matriz, onde estão acampados os autodenominados
defensores do funcionalismo, mas que não aceitam, por exemplo, a presença dos
defensores do Rio Grande do Sul, provavelmente uma imensa maioria.
Começaram derrubando a grade de proteção colocada pela
Brigada Militar. Depois arrancaram aas pedras dos passeios da Praça, que se não
estou enganado, foram trazidas da Europa, para jogar contra os brigadianos e
ferir um jornalista, atingido na cabeça por uma pedrada.
Foto: Portal G1/Reprodução |
Diante da reação da Brigada Militar, tentaram refúgio na
Catedral Metropolitana e receberam o apoio de deputados oposicionistas, aqueles
das bancadas de um homem só. A partir daí, a culpa por tudo que estava
quebrado, incendiado, depredado só aconteceu por ‘intransigência’ dos
brigadianos que tentaram impedir que o vandalismo fosse ainda maior.
Enquanto isso, a banca do Cpers Sindicato fazia farta
distribuição de embalagens de Poliestireno (no meu tempo era isopor) com refeição, ou lanches, para os mestres
em greve. Alguém, certamente não com dinheiro gerado pelo sindicato, estava pagando
a festa e a alimentação dos grevistas que, segundo propaganda nas emissoras de
rádio, “lutam pela qualidade da educação”. Está certo que mandaram invadir
escolas, fizeram uma greve de mais de 60 dias e estão parados novamente,
provavelmente tudo em nome de um melhor aprendizado para os alunos das escolas
estaduais.
Hoje, a partir das 14 horas, mais um capítulo das mesmas
tentativas de oposicionistas de barrar o que 72% dos gaúchos querem, mas eles
não querem. Tomara que as brigas fiquem restritas aos discursos e não
prejudiquem ainda mais a pobre Praça da Matriz, palco e desaguadouro de
insatisfações e atos politico partidários comandados por quem a gente conhece
muito bem.
Tenham todos um Bom Dia!
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