segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

➤BOM DIA!

O pacote é bom ou não?

Parece que hoje, a partir das 14 horas, começa a votação do pacote de medidas encaminhadas pelo governador José Ivo Sartori, para que os deputados decidam sobre o futuro do Rio Grande do Sul. Há mobilizações de todos os lados, tanto que a segurança está sendo reforçada para impedir manifestações na Praça da Matriz, principalmente de quem é contra o pacote de medidas.

No Palácio Piratini, desde cedo, lideranças do governo traçam estratégias para convencer quem ainda não se convenceu, de que o pacote deve ser aprovado, ainda mais com a votação prevista na Câmara dos Deputados exigindo o cumprimento de alguns itens para que o governo federal facilite o pagamento da dívida do Estado com a União.

Do lado de fora, funcionários, alguns em greve (?) não querem que as medidas sejam aprovadas e culpam o atual governo pelo descalabro nas finanças estaduais, especificamente sobre o parcelamento dos salários.

Sem estar em nenhum dos lados, mesmo tendo minhas convicções sobre a votação de hoje, fico pensando se já não é hora de acabar com a velha, surrada e desgastada prática do quanto pior melhor. Quem é da oposição, fica torcendo para que a situação se de mal e vice versa. Ninguém, na hora de pensar em buscar o poder, pensa no Rio Grande do Sul como um todo.

Se alguém afirmar que é favorável ao desemprego de funcionários, certamente será execrado, xingado ou coisa pior. Se disser que é contra, receberá o mesmo tratamento da outra parte.

Tenho tido o cuidado de ouvir os dois lados, o governador e os funcionários. Tenho analisado as dificuldades de cada um. Mas não consigo ficar sem pensar na maioria, na imensa maioria de gaúchos que não são funcionários públicos, que não votaram no Sartori e que precisam de um Estado melhor.

Pensando no pedido de extinção de órgãos públicos, imediatamente sou obrigado a lembrar dos mais de mil funcionários que podem perder o emprego. Mas não consigo deixar de pensar o quanto a população é mal atendida quando precisa, com urgência ou não, de algum servidor de um dos órgãos ameaçados. Não me refiro à maioria, mas não posso ser complacente com quem recebe do governo, que tem salários pagos com o dinheiro dos impostos pagos por todos nós e que acha que só deve trabalhar quando bem entender. E os exemplos não são poucos.

Também não posso negar que em todas as fundações e companhias que fazem parte do pacote, existem bons funcionários, gente que quer trabalhar, que trabalha e que, muitas vezes, é discriminado por quem está no serviço público tão somente para fazer política partidária ou, o que é pior, não contribuir em nada com o desenvolvimento do órgão que garante o sustento de sua família.

Na hora em que sentem a coisa apertar, fazem campanhas, esperneiam, gritam, pedem apoio, falam da importância de seu trabalho e tudo mais. Quando a tormenta passa, tudo volta ao normal. Esquecem que recebem para trabalhar, que são empregados do governo e não do governador, que devem trabalhar para todos os partidos que elegerem governantes para o Estado e não somente para o “seu governador”. As fundações e companhias estaduais são de todo o Rio Grande, com funcionários pagos pelos cofres públicos, mantidas com o dinheiro do contribuinte e não devem ser confundidas com espaços para movimentos de grupos contra ou a favor do governo. Querem protestar, primeiro trabalhem, depois protestem. Se todos pegarem juntos, sempre, as coisas terão outro destino.

Lamentavelmente, em algumas repartições públicas, muitos esquecem que estão recebendo para cumprir uma função que resulte em algum benefício para quem lhes paga, ou seja, o contribuinte.

Afirmar, neste momento,  que o pacote é bom ou ruim, é estar ao lado de um ou de outro quando, sem nenhuma dúvida, o melhor de tudo é estar ao lado do Rio Grande do Sul.

Tenham todos um Bom Dia!

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