Será que eles sabem o que é PEC?
É impressionante como certos setores da militância
política, não se conformam com mudanças, ou tentativas de mudar, sem extravasar
uma fúria que demonstra muito bem o caráter e a índole de cada um. Cobrem a
cara, juntam pedras, pedaços de pau, bombas tipo coquetel molotov e ocupam ruas
e avenidas para protestarem (?) provavelmente contra o que nem sabem o que é.
Ontem, repetindo que vem acontecendo normalmente, mais
uma vez quebraram, incendiaram veículos em Brasília, colocaram fogo em pneus,
lixo e madeiras, em pelo menos sete cidades brasileiras, trancando a passagem
do cidadão comum, aquele que trabalha, que tem obrigações, que não depende do
dinheiro do pai para viver e que tem consciência de que alguma coisa tem que
ser feita para mudar o Brasil.
Pois a Polícia Militar das cidades onde aconteceram tais
manifestações, informou que grupos de, no máximo, 50 pessoas (normalmente o
número ficou entre 20 e 30) bloqueou o trânsito, evitou a passagem de pessoas ,
botou fogo e depredou o patrimônio público.
Todos se disseram contra a PEC que estabelece um teto
para gastos públicos. O que me pergunto, é se algum deles sabe exatamente o
significado da PEC? Provavelmente não, pois se soubessem não agiriam assim. A
não ser, é claro, que concordem que o governo gaste muito mais do que arrecada,
emita moeda sem lastro, financie programas ilusórios e minta para quem quer
ouvir mentiras. Só nos últimos 20 anos, é bom refrescar a memória dos que não
lembram, o governo federal aumentou a arrecadação em 17% e os gastos públicos
em 50%.
Os baderneiros, vândalos, militantes profissionais e
marginais, certamente não sabem que quem paga esta diferença de, pelo menos
33%, somos todos nós. Cada ônibus incendiado, cada prédio depredado, cada via
interditada, gera um custo para o governo que se reflete no bolso do contribuinte.
Foto: clicRBS/Reprodução |
Aqui em Porto Alegre, em greve desde ontem até que seja
votado o pacote de medidas apresentado pelo governador, sem se importar com o
tempo que vai durar a paralisação e quem será prejudicado por ela, professores,
funcionários públicos, policiais, comandados e orientados por sindicatos
claramente identificados politicamente, estão nas ruas defendendo seus
empregos, o que pode ser justo em alguns casos, mas que não se justifica para
os que fazem do serviço público uma muleta para garantir a estabilidade que, no
caso destes, significa não trabalhar ou só trabalhar quando o partido que
defendem determina.
Ontem, apenas para dar um exemplo, tentei sacar um
dinheiro em algum posto eletrônico da CEF. Não consegui. Estavam todos
fechados, alguns depredados, simplesmente por falta absoluta de garantia. Assim
como eu, quanta gente não precisou de dinheiro, por menos que fosse, e não
conseguiu graças aos que protestavam quebrando tudo.
O pacote do governo gaúcho precisa ser modificado? Todos
sabemos que sim, mas que ele escancara uma realidade que não foi criada pelo
atual governo, todos também sabemos que sim.
Se bem que, entre PEC e pacote, pouquíssimos sabem o que
é!
Tenham todos um Bom Dia!
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